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A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou na tarde desta quarta-feira (25) que os representantes dos caminhoneiros estão "flexíveis" nas negociações com o governo e que acredita no sucesso das conversas para o fim dos protestos nas rodovias, que entraram no seu oitavo dia.

"Está bem flexível, eles estão interessados em resolver o problema", relatou ela ao sair de reunião nesta quarta-feira em Brasília com o Ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, o secretário-geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, empresários e trabalhadores do setor de transporte. O encontro entre representantes do governo e do setor continuava nesta tarde.

A ministra disse ainda que o governo não vai alterar a alíquota da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) para atender aos caminhoneiros, que reivindicam menores custos com impostos e com preços do diesel. Segundo ela, esse imposto é importante para o equilíbrio fiscal.  "O governo está bastante convicto da importância de manter a Cide e não flexibilizar a questão fiscal. O que é bom para o Brasil tem de ser bom para todos os brasileiros", argumentou. Ela afirmou ainda que governo não vai pedir tabelamento do frete. "Vivemos no livre mercado."

Segundo a ministra, os caminhoneiros pedem a prorrogação do Finame e a sanção da lei dos caminhoneiros sem vetos, entre outras coisas. Ela explicou a que houve um atraso no plantio da soja no Mato Grosso e, com isso, a colheita também ficou atrasada. Esse quadro deixou parte dos caminhoneiros sem trabalho e reduziu o preço do frete. "Essa ausência de trabalho desespera qualquer pessoa", avaliou.

A ministra argumentou ainda que a logística brasileira está mudando e levando a demanda por transporte para outras partes. "Os portos da região norte e de Itaqui estão invertendo a logística, como o esperado. Essa demanda que sobrou deve vir para o Sul porque acima do paralelo 16 está se produzindo a maior parte da soja do Brasil", observou.

A ministra ponderou ainda que os segmentos de frango e suínos são os que mais estão sofrendo com a greve por dificuldade de fornecimento de ração e pelos estoques encalhados.

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