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Oferta e demanda continuam medindo forças na entrada de 2014. E por enquanto, a expectativa de safra cheia na América do Sul parece pesar mais sobre as cotações dos grãos negociados na Bolsa de Chicago. A soja, que no primeiro dia útil do ano despencou para baixo dos US$ 13 por bushel, o que não ocorria desde meados de novembro, ainda não conseguiu voltar ao seu antigo patamar. No pregão desta segunda-feira (6), o contrato com vencimento para janeiro registrava ligeira alta até o meio da sessão, valendo pouco mais de US$ 12,90 por bushel. Os negócios referentes à safra sul-americana, com entrega programada para março e maio deste ano, são realizados com bases mais baixas, US$ 12,75 por bushel e US$ 12,61 por bushel, respectivamente. O milho e o trigo também registram movimentos de tímidas valorizações, cotados a US$ 4,26 por bushel e US$ 6,11 por bushel, nesta ordem, base contrato março/14.

A recente queda nos preços dos produtos está diretamente associada às previsões de clima favorável para as principais regiões produtoras do Brasil, que devem acelerar o ritmo de colheita nesta semana. Este é o caso de Mato Grosso, estado líder em produção de grãos que teve condições climáticas praticamente perfeitas nesta temporada, não fosse a pressão das lagartas. As máquinas já começaram a retirar soja e milho plantados nos campos do Centro-Oeste. E a previsão deve ser favorável para os trabalhos na região.

“Devido à persistência da situação de neutralidade climática, as precipitações devem continuar com o mesmo padrão observado nos últimos meses, com chuvas ligeiramente abaixo da média e com esta distribuição muito irregular, intercalando períodos curtos com muita precipitação e períodos maiores com pouca ou nenhuma chuva para o Centro-sul do Brasil. Nas demais regiões, as chuvas devem ficar entre a média e ligeiramente acima do normal”, afirma Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia, em boletim.

Na Argentina, segundo maior produtor da América do Sul, o clima também deve colaborar com as plantações de verão. Depois de um mês de dezembro seco, as chuvas voltaram em janeiro e restabeleceram os níveis de umidade no solo, conforme informações da Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Cerca de 80% da área a ser cultivada com milho e 90% do terreno da soja já foram plantados até o momento no país.

O que tem evitado maiores perdas nas cotações de soja, milho e trigo são as notícias referentes à demanda pelos três produtos, especialmente o que foi colhido nos Estados Unidos. O país comprometeu praticamente todo o volume da oleaginosa que pretendia embarcar até agosto deste ano e já começou a travar negócios para a temporada 2014/15, que inicia oficialmente em abril.

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