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A alta do dólar, aliada à valorização das cotações internacionais na Bolsa de Chicago, renderam mais uma rodada de ganhos para o milho no mercado doméstico. Nesta segunda-feira, a saca de 60 quilos chegou a ser cotada a R$ 17 em Lucas do Rio Verde (Médio-Norte de Mato Grosso), R$ 24 em Cascavel (Oeste do Paraná) e R$ 29 em Uruçuí (Sul do Piauí). No Porto de Paranaguá, o preço do cereal alcançou a marca dos R$ 30 por saca. O valor é referente a contratos CIF (Cost, Insurance and Freight, na sigla em inglês), em que o exportador é responsável por todos os custos e riscos com a entrega da mercadoria, incluindo o seguro marítimo e frete marítimo, até o porto de destino designado pelo comprador.

Os preços mais altos não estão inibindo o apetite dos importadores pelo milho brasileiro. Apenas na primeira quinzena de dezembro, 2,05 milhões de toneladas do cereal deixaram os portos nacionais rumo ao mercado externo – negócios que renderam ao país US$ 373,6 milhões, conforme levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Na comparação com o mês passado, houve valorização de 3,3% no valor pago pelos importadores, para US$ 181,8 por tonelada exportada.

Mercado internacional

Na Bolsa de Chicago, o mercado de milho buscou suporte nos números de exportações norte-americana para abrir a semana com preços mais altos. Em relatório divulgado durante a tarde, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) anunciou embarque de 546,5 mil toneladas na semana encerrada no dia 11 de dezembro – abaixo das 640,9 mil toneladas registradas há um ano, mas acima das 533,5 mil toneladas da semana anterior. No acumulado da temporada, iniciada em 1º de setembro, as exportações norte-americanas do cereal somam 10,16 milhões de toneladas, acima das 9,8 milhões de toneladas desta época do ano passado.

O resultado positivo deu fôlego para as cotações, que depois de oscilarem bastante ao longo do dia, encerraram o pregão no terreno positivo. O contrato março/15, que puxa fila de vencimentos na bolsa norte-americana, fechou o dia trocando de mãos a US$ 4,0850 por bushel, com leve valorização de 1 ponto, enquanto a posição maio/15 finalizou a sessão cotada a US$ 4,1650 por bushel, ganho de 0,75 ponto.

Soja

No pit vizinho da soja, o mercado foi pressionado pelas notícias de melhora climática na América do Sul e abriu a semana em queda na Bolsa de Chicago. O contrato janeiro/15 recuou 7,75 pontos e terminou os negócios valendo US$ 10,3950 por bushel. Com a mesma variação, o março/15 fechou cotado a US$ 10,46 por bushel.

O clima favorável ao desenvolvimento das lavouras sul-americanas, que renova as expectativas de uma cheia na região no ciclo 2014/15, falou mais alto do que o bom resultado das exportações norte-americanas. Na última semana, 1,8 milhão de toneladas da oleaginosa foram exportadas pelos EUA – volume inferior às 2,2 milhões de toneladas da semana anterior, mas superior às 1,7 milhão de toneladas registradas um ano atrás. Desde o início da temporada, os norte-americanos acumulam embarques de 25,57 milhões de toneladas, contra 20,8º milhões de toneladas no ano passado.

Apesar do dia negativo em Chicago, as cotações domésticas da soja avançaram no Brasil, favorecidas pelo dólar, que na quarta sessão consecutiva de valorização, foi a R$ 2,685 e atingiu o seu maior valor de fechamento desde 29 de março de 2005 (R$ 2,697). A puxada do mercado cambial impulsionou a cotação da soja a R$ 62 no FOB Paranaguá e fez a saca da oleaginosa beirar os R$ 70 no Porto de Rio Grande (RS).

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