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O último pregão de abril foi marcado por um fechamento misto, sem direção, para as cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em maio terminaram a sessão de quarta-feira (30) com alta de seis pontos e cotação de US$ 15,30 (o equivalente a mais de US$ 33,70 por saca). Já os negócios realizados para entrega nos meses de julho a dezembro recuaram até quatro pontos.

Apesar do movimento tímido, a oleaginosa termina o mês de abril com ganho acumulado de cerca de US$ 1,50 por saca na Bolsa de Chicago. O milho, que se sustenta acima de US$ 5 por bushel, também tem saldo positivo. O grão acumula ganho de pouco menos de US$ 0,30 por saca em relação ao fim de março.

A valorização dos produtos foi impulsionada pela demanda internacional e o andamento do plantio nos Estados Unidos. O país, que já comprometeu volume de soja superior à meta estipulada para este ano, está com os trabalhos de campo ligeiramente atrasados em relação às medias dos últimos cinco anos. Em relação ao ano passado, porém, a semeadura está adiantada. E a previsão indica que aos poucos os produtores norte-americanos devem ver o clima voltando à normalidade. “Devemos ter chuvas, mas em volumes mais baixos, principalmente no Meio-Oeste e ao Leste dos Estados Unidos. As temperaturas também estão em elevação, com mínimas acima de 12ºC e máximas acima de 25º C. Isso deve possibilitar o avanço do plantio nos próximos dias”, afirma o agrometeorologista da Somar, Marco Antonio dos Santos.

El Niño curtoA influência do El Niño sobre o clima nas Américas deve ser curta, conforme a Somar. A configuração do fenômeno não está descartada. “Teremos um clima típico El Niño  entre a segunda metade do inverno brasileiro e a primeira semana da primavera. As águas [do Pacífico equatorial] estão quentes, mas não sei o fenômeno vai durar muito tempo. No fim da primavera, podemos entrar novamente em um período de neutralidade climática”, revela Santos.

Historicamente, o El Niño traz chuvas acima da média, bem distribuídas e dias de para toda a região Sul da América do Sul e maior risco de veranicos no Norte e Nordeste do Brasil.

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