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Embora o setor avícola dê sinais de recuperação após um ano de crise acentuada, a cadeia produtiva ainda tem problemas a serem solucionados, sobretudo no aspecto financeiro. Nesse contexto, entidades representativas do setor e parlamentares estaduais ligados ao agronegócio estiveram reunidos na manhã desta segunda-feira (10) na Assembleia Legislativa do Paraná, com o intuito de formular alternativas para produtores a indústria. Do encontro saiu uma agenda que será encaminhada ao governo federal, com medidas que visam prorrogar o pagamento de dívidas e trazer capital de giro ao setor.

A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT), presidente do Bloco da Agricultura Familiar, liderou a reunião, que também contou com a participação de membros do Bloco Agropecuário e da Frente Parlamentar do Cooperativismo. Representantes da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) também estiveram presentes. As principais alternativas propostas envolvem a prorrogação no prazo de pagamento de dívidas e a criação de linhas de crédito visando à sustentação do setor. A alta nas cotações de milho e soja, insumos essenciais na produção de ração das aves, encareceu os custos e debilitou o setor neste ano.

O chefe do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, Francisco Carlos Siminioni, esteve presente no encontro e relata que um ofício será enviado ao bloco que representa o agronegócio na bancada federal, visando sensibilizar o setor. "A crise está passando mas não se pode relaxar. Ainda existem problemas sérios que precisam ser resolvidos", pontua. Dentre as propostas estão a abertura de linhas de crédito para fornecer capital de giro a indústrias e integradoras. Outra sugestão é a implementação de linhas específicas para fomentar a fusão e aquisição de empresas em situação de crise. Por fim, o setor defende a prorrogação no prazo de pagamento das dívidas de produtores e indústria, para que a falta de crédito não impeça a continuidade das atividades.

No encontro também foram discutidas saídas a casos pontuais, como o do frigorífico Diplomata, que suspendeu as atividades no final de novembro. Para esse caso, os parlamentares destacaram a importância de garantir o pagamento dos funcionários e a retomada da produção por parte dos integrados que não tem com quem negociar a produção.

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