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Soluções para granjas e indústrias estão sendo apresentadas para a cadeia produtiva de aves e suínos na Fipppa. | Aniele Nascimento
Soluções para granjas e indústrias estão sendo apresentadas para a cadeia produtiva de aves e suínos na Fipppa.| Foto: Aniele Nascimento

Produção de alimentos, combustíveis, rações e fibras. As cadeias da avicultura e suinocultura apostam nesse quarteto para construir a agenda estratégica do setor para os próximos anos. Com soluções que vão da garantia de sanidade dos planteis ao reaproveitamento de dejetos e subprodutos das granjas a cadeia produtiva busca competitividade para garantir mercado e rentabilidade. O tema pautou as discussões de mercado desta terça-feira (28) na Feira Internacional de Produção e Processamento de Proteína Animal (Fippa), que segue até quinta-feira (30) no Expotrade, em Pinhais.

A primeira edição da feira resulta da soma da AveSui 2015 e a Tecno Food Brazil e cria um ambiente diversificado. Nos estandes as demonstrações vão de recursos para modernizar granjas até soluções que facilitam o processamento da produção. Falas em espanhol e mandarim denunciam a visita de clientes e fornecedores estrangeiros ao evento.

Na visão dos especialistas a otimização da cadeia produtiva começa nas granjas. Ferramentas como os biodigestores -- que permitem a conversão dos dejetos suínos em energia -- podem aliviar os custos no campo, pontua o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes. Estudos realizados pela entidade indicam que uma unidade com 500 matrizes suínas pode produzir 394 mil quilowatts por ano, o suficiente para atender a demanda de 172 pessoas. “O problema é que falta estímulo público para financiar essas estruturas, e há grande dificuldade em negociar o excedente energético”, argumenta Lopes.

No lado do consumo, mais do que aumento na demanda o setor precisa crescer apostando em cortes diferenciados, defende o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra. O desafio é agregar valor à produção sem perder mercado, diz. “Nunca vi um país dizer que compra carne do Brasil porque gosta. Nossa competitividade depende de garantias de sanidade, produção de qualidade e preço acessível.”

Por fim, também é preciso garantir a integração entre os diversos elos da produção, defende o vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Ariovaldo Zani. Para ele, a falta de articulação do setor limita a apresentação de demandas junto ao governo federal, por exemplo. “Nem sempre os interesses são os mesmos, mas é preciso criar uma agenda comum para obter avanços”, argumenta.

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