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Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério da Agricultura, prevê dificuldades para o Paraná conquistar status. Inácio Kroetz, da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) discorda. | Ivonaldo Alexandre / Gazeta Do Povo
Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério da Agricultura, prevê dificuldades para o Paraná conquistar status. Inácio Kroetz, da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) discorda.| Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta Do Povo

O Paraná corre contra o tempo para conquistar o reconhecimento internacional de área livre da peste suína clássica, também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, com alto nível de contágio e fatalidade entre os animais.

A Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) passará a conceder o status em nível mundial em maio de 2015, quando o pedido do estado será avaliado junto das propostas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. No entanto, o prazo para o envio da requisição é mais curto e termina em setembro.

Prazo apertadoA proximidade da data limite preocupa. Ontem, o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, esteve em Curitiba reunido com o setor produtivo para verificar fragilidades e propor melhorias. O Paraná e outros 15 estados brasileiros são reconhecidos pelo Mapa desde 2001 como livres da doença, mas os padrões internacionais são mais rígidos.A maior exigência pode colocar em risco o pleito paranaense, na avaliação do próprio Mapa. Se não comprovar a eficácia do seu sistema de defesa, o governo pode levar à OIE apenas os pedidos dos dois estados vizinhos. “É difícil cumprir o prazo, mas não impossível. Só depende do Paraná provar que tem capacidade para isso”, afirmou Marques.

Segundo ele, Santa Catarina deve ter a aprovação facilitada na OIE por já possuir o status de livre da febre aftosa sem vacinação, uma doença bovina, que ainda precisa de imunização no Paraná. O sistema de defesa catarinense também ajudaria a análise do pedido gaúcho.

O presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz, discorda e acredita que será possível atender as exigências dentro do prazo. O estado tem 17 pontos de fiscalização – 11 nas fronteiras com São Paulo e Mato Grosso do Sul – para impedir a entrada de animais sem documentação.

Barreira reforçadaMas a aposta principal está em um decreto, ainda não publicado pelo governo estadual, que determina pontos de entrada e saídas de carga que passam pelo território paranaense. O chamado “corredor sanitário” é o sistema adotado por  Santa Catarina. Apesar disso, com a atual estrutura, a Adapar fiscalizou 58 mil veículos em 2013, emitindo 350 autuações.

Kroetz afirmou também que a agência tem investido em fiscalização. “Coletamos 1.850 amostras em 320 criatórios considerados de risco, basicamente granjas de quintal. Esse material ainda está em análise, mas é certo que não haver presença da doença”, explicou, dizendo que o Paraná não registra caso de peste suína clássica há mais de 20 anos.

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