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Último foco da doença no estado foi em 2005 | SEAB/Divulgação
Último foco da doença no estado foi em 2005| Foto: SEAB/Divulgação

A Secretaria da Agricultura e Abastecimento e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) pediram ao Ministério da Agricultura uma auditoria para atestar o Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação. “Se tudo der certo, esperamos fazer a última campanha de vacinação contra febre aftosa em maio de 2018”, afirma o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara.

A medida é consenso nas lideranças das cadeias produtivas de proteína animal no Paraná como bovinos, suínos, aves, leite e peixes. “Os líderes decidiram, em conjunto, suspender a campanha de vacinação no ano que vem”, complementou.

De acordo com Ortigara, ao tornar o estado área livre da doença sem vacinação, o objetivo é alcançar mercados mais disputados e valiosos, um desafio que provocará uma transformação no setor produtivo de proteínas animais no Paraná. “Temos que deixar de usar ferramentas antigas e partir para a inteligência no controle sanitário”, defendeu.

“Cerca de 65% do mercado suíno no mundo não compra carne suína do Brasil porque o país ainda vacina contra febre aftosa. Não conseguimos acessar mercados importantes como Japão e Coreia do Sul, que só compram carne suína de países sem vacinação contra aftosa”, complementou.

Processo

De acordo com o diretor-presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, a agência está trabalhando com a expectativa de ter condições para que seja possível recomendar tecnicamente, e com segurança, a suspensão da vacinação contra a febre aftosa. E que o prazo entre a retirada da vacinação e o reconhecimento nacional e internacional seja o menor possível.

Historicamente, os índices de vacinação contra a febre aftosa no Paraná estão acima de 95% e as propriedades com avicultura e suinocultura comercial estão todas georreferenciadas, bem como 92,38% das propriedades cadastradas com bovinos. A meta é atingir 100% de georreferenciamento nas propriedades com bovinos até o final de novembro.

“Os resultados da auditoria são decisivos para os encaminhamentos oficiais da condição para a suspensão da vacinação e o reconhecimento de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação”, disse Kroetz.

Preparação

Os preparativos para almejar o status pleiteado vêm sendo construídos ao longo dos anos, seguindo normas e recomendações tanto pelo Mapa como pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), responsáveis pelo reconhecimento nacional e internacional.

Recentemente, o Governo do Paraná autorizou a contratação de mais 35 médicos veterinários remanescentes de concurso realizado em 2014. Eles complementarão a ocupação necessária em postos de trabalho estratégicos para a defesa sanitária agropecuária animal no Estado.

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