Um dos “vilões” da inflação no Brasil, o leite vive crise nos EUA, com os preços para o produtor recuando 13% neste ano e atingindo o menor patamar em sete anos.
A situação chegou a tal ponto que a associação americana dos produtores de leite pediu ao governo do presidente Barack Obama que compre o equivalente a US$ 150 milhões em queijo, para ajudar não só os fabricantes diretamente, mas também a elevar o preço do produto.
De acordo com a associação, a derrocada nos preços (o litro está cotado a R$ 1,05, o menor valor desde outubro de 2009) se deve à queda nas importações de leite e derivados pela China e pela Rússia e ao aumento das importações pelos Estados Unidos.
Para o consumidor americano, a crise do produtor se traduziu em preços menores nas gôndolas de supermercados: o leite em julho estava 5% mais barato que no mesmo período de 2015.
Na comparação com maio deste ano, a queda do preço foi de 1% - foi um dos itens que deram maior alívio para o bolso dos americanos.
A situação é bem diferente da vivida pelos brasileiros. Aqui o litro do leite subiu 17,6% no mês passado na comparação com maio.
Nenhum item teve maior impacto na inflação do brasileiro: o leite contribui com 0,19 ponto percentual de uma alta de 0,52% na comparação com junho, segundo o IBGE.
Menor investimento do produtor (muitas vezes trocando o gado leiteiro pelo de corte) e questões climáticas são algumas das explicações de analistas para a disparada dos preços no país.
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