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Até pouco tempo falar de Gás Natural Veicular (GNV) era sinônimo de diminuição na potência do carro, limitação do uso em motores mais sofisticados e perda da garantia de fábrica. Mas Com o desenvolvimento de kits cada vez mais modernos, esses problemas praticamente foram superados.

A última palavra em conversão a gás é o sistema de 5.ª geração, que funciona via injeção eletrônica multiponto de combustível. Através dela, o gás é lançado diretamente na câmara de combustão do veículo, resultando numa dosagem mais precisa e resposta mais rápida do motor. Em outras palavras, significa uma série de melhorias em relação aos modelos convencionais de conversores – de 2.ª e 3.ª gerações –, que funcionam como sistemas aspirados. "A diferença é a mesma que existe entre um video-cassete e um moderno aparelho de DVD", compara Tarley Oliveira de Souza, coordenador da Rede Gasflex, convertedora em Curitiba.

Entre as vantagens obtidas pelo sistema de 5.ª geração está a perda menor de potência do motor na mudança do combustível líquido para o gasoso. "Pode chegar no máximo a 8%. Nas gerações anteriores esse índice fica entre 15 e 20 %", aponta. A nova tecnologia permite programar a troca automática do GNV para gasolina ou álcool assim que o gás acabe ou em situações onde necessite maior potência do motor, como numa ultrapassagem com a redução da 5.ª para 4.ª marcha. Nos sistemas convencionais, o motorista precisa acionar uma chave comutadora para que a alteração aconteça.

O conversor de 5.ª geração pode equipar sem restrições carros com motores bicombustíveis e turbo, além dos dotados com câmbio automático e tiptronic. Souza explica que os kits de 3.ª geração fazem com que alguns veículos flex percam essa prerrogativa, passando a utilizar apenas um tipo de combustível.

De acordo com Eros Santos, gerente de desenvolvimento de negócios da White Martins, responsável pela distribuição do kit Sequent BRC, nas instalações GNV de 2.ª e 3.ª geração feitas sem os componentes eletrônicos adequados à sua programação pode ocorrer o back fire. O fenômeno, segundo ele, acontece porque o gás não é injetado no motor, mas sim aspirado através de um coletor de admissão, o que pode ocasionar um acúmulo dentro deste compartimento. Com isso, são grandes as chances de a explosão ser realizada no coletor, e não na câmara de combustão. "Como na quinta geração o combustível vai direto para a câmara de combustão, o risco de back fire não existe", reforça Santos.

Mas toda essa tecnologia tem o seu preço, e não é barato. O custo de instalação do kit varia de R$ 4,5 mil a R$ 7 mil, dependendo do tamanho e quantidade de cilindro – nos sistemas de 3.ª geração o valor fica entre R$ 1,8 mil a R$ 4 mil. Para Rodrigo Adriani Shibelbain, gerente de GNV da Serviços Automotivos Cantele, convertedora na capital, o investimento vale a pena. Ele usa o exemplo do carro que roda 7 km por litro de álcool (preço médio R$ 1,39) ou 10 km por litro de gasolina (R$ 2,49). O mesmo veículo pode andar até 13 km ou mais por metro cúbico de gás (R$ 1,45). "A economia em relação aos demais combustíveis é de 30 a 40%", observa.

Shibelbain destaca ainda que o usuário de carro movido a GNV tem redução de até 75 % no valor do IPVA; aumento da vida útil do motor, pois a queima do gás não deixa resíduos. "O índice de emissão de poluentes cai pela metade, uma vez que a combustão do gás natural é mais completa que a da gasolina, álcool ou diesel". Na visão do gerente, com todas essas vantagens, o preço do kit e o espaço que cilindro ocupa no porta-malas passa a ser fator secundário quando comparado com a redução dos gastos com combustível/manutenção.

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Serviço: Rede Gasflex – (0XX41) 3019-5040. Serviços Automotivos Cantele – (0XX41) 3013-1666.

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