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As linhas até o fim da porta dianteira são elegantes e as belas rodas aro 18 deixam à vista os grandes discos e as enormes pinças de freio | Roberto Couto/Gazeta do Povo
As linhas até o fim da porta dianteira são elegantes e as belas rodas aro 18 deixam à vista os grandes discos e as enormes pinças de freio| Foto: Roberto Couto/Gazeta do Povo

Tecnologia

Luxo e conforto para quatro pessoas

O lado sedã do Porsche Panamera aparece mais nos quesitos conforto e acabamento interno. O três volumes – que pode receber quatro ocupantes - traz couro nos bancos, apliques de madeira ou alumínio no painel (dependendo do desejo do proprietário) e muitas comodidades, como sistema multimídia com sistema de som Bose, ar-condicionado digital com quatro zonas, bancos elétricos e porta-copos embutido no painel. Os assentos dianteiros são separados por um console, com comandos dispostos na forma de espinha de peixe. Esse mesmo acabamento aparece nos comandos localizados no teto.

Atrás, o espaço dos dois assentos é comparável ao de uma poltrona de classe executiva de avião. Isso é resultado direto do grande entre-eixos (2,92 metros) do Panamera. Além disso, os bancos confortáveis são ligeiramente elevados para que os ocupantes possam apreciar melhor a paisagem. Já o porta-malas, de 445 litros, está apto a receber, sem problemas, três malas e três mochilas. Na hora de fechar o compartimento de bagagem, nada de esforço. Basta apenas apertar um botão na tampa e esperar o fechamento automático.

  • O capô é longo e baixo e o para-brisa é bem inclinado. A dianteira lembra a do Porsche 911
  • Para muitos, a traseira do Panamera destoa do restante do conjunto
  • Transmissão sequencial de sete velocidades, com trocas manuais no volante
  • Quadro de instrumentos preto com ponteiros vermelhos
  • Novo motor V6 entrega respeitáveis 300 cv de potência
  • Porta-malas pode ocomodar até três malas e três mochilas
  • O elegante painel embute um prático porta-copos

O convite era irrecusável: dirigir, na Alemanha, o Porsche Panamera que recebeu um novo motor V6 de 300 cv. O modelo que a Porsche chama de gran turismo de quatro portas (ou seja, uma mistura de sedã e cupê) estará desfilando em nossas ruas até dezembro. Com um capô longo e baixo, a frente do modelo lembra a do 911 e as belas rodas aro 18 deixam à vista os gran­­des discos e as enormes pinças de freio. Já a traseira parece destoar do restante do conjunto, tanto é que foi motivo de polêmica no ano passado, quando o carro foi lançado mundialmente.

Ao entrar na cabine, a primeira boa descoberta. No painel, lá estava, do lado esquerdo do volante, a chave de contato – uma marca registrada da marca de Stuttgart. Além disso, a posição baixa do mo­­delo (o Panamera tem 1,42 metro de altura) já passa a impressão de ser um carro de luxo, mas com claro tempero esportivo.

Dada a partida, a sensação de que teríamos boas emoções nas próximas horas começou a se confirmar ao ouvir o ronco do V6, que não chega a ser co­­mo o de um V8, mas é música para os ouvidos. Com 300 cv de po­­tência e 40,7 kgfm de torque (força), o seis ci­­lindros em V de 90º e in­­­­jeção direta é 30 quilos mais leve do que o V8, do qual é derivado, o que deixa o Panamera V6 com um peso inicial de 1.730 quilos, na versão com tração traseira – com tração integral pesa 1.820 quilos.

Na pista

Nosso test drive foi feito a bordo de um Panamera com tração integral e transmissão sequencial de sete velocidades, com trocas manuais no volante. Esse câmbio PDK, in­­clusive, tem dupla embreagem, ou seja, o sistema acelera as mu­­danças preparando a marcha se­­guinte, assim que a anterior foi engatada. Resultado: a dobradinha motor V6 e transmissão PDK dá um show na pista. E lá fomos nós pisando, progressivamente, no acelerador do grand turismo – seguindo as indicações do GPS – que, inicialmente, nos levaria às estradas estreitas da região próxima a Colônia até podermos pisar mais fundo numa esperada autobahn, as famosas rodovias alemãs sem limite de velocidade.

Nas provas de aceleração, o Panamera V6 mostrou que o que não falta é cavalaria. O motor se enche rápido para as retomadas e o velocímetro atinge facialmente a marca dos 200 km/h. E, embora potente, o veículo é bastante silencioso, mesmo para um carro capaz de fazer 0 a 100 km/h em 6,1 segundos e atingir uma máxima de 257 km/h.

Outro ponto alto é a estabilidade do Panamera, que tem 4,97 me­­tros de comprimento. Além dos freios a disco autoventilados e do controle de estabilidade (PSM), a versão testada vinha equipada com sistema de Gerenciamento de Tração Porsche (PTM) e barras estabilizadoras eletrohidráulicas, que anulam qualquer movi­men­­to de rolagem da carroceria. Assim, foi impressionante ver o grand turismo contornar as curvas em alta velocidade, sem apresentar tendência a es­­capar, mantendo a carroceria bem nivelada e grudada no chão.

Diante de tanto desempenho, era de se esperar que o Pa­­namera V6 fosse beberão. Mas aí vai mais uma boa notícia. Na cidade, o modelo faz uma mé­­dia de 7,8 km/l e 13,8 km/l na estrada. Quem ajuda nessa economia de combustível, principalmente no trânsito urbano, é o sistema start/stop, que desliga o motor sempre que o carro pa­­ra, como num semáforo fechado, e volta a ligar o propulsor as­­sim que o motorista libera o pedal do freio.

Importação

Segundo a Porsche, a Panamera V6 deve chegar ao Brasil até o fim do ano. Um pouco antes, em outubro, o esportivo será uma das atrações da marca no Salão do Automóvel de São Paulo. Os preços dos seis cilindros ainda não foram divulgados. Hoje, na concessionária Stuttgart Sport­car, em Curitiba, os oito cilindros custam entre R$ 549 mil (versão S, com tração traseira e motor aspirado de 400 cv) e R$ 749 mil (Panamera turbo de 500 cv e tração integral), todos com câmbio automatizado de dupla embreagem.

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O jornalista viajou a convite da Porsche.

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