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O visual futurista não impede que o conceito possa chegar às ruas como um roadster mais acessível que o Z4 | Fotos: Divulgação BMW
O visual futurista não impede que o conceito possa chegar às ruas como um roadster mais acessível que o Z4| Foto: Fotos: Divulgação BMW
  • O habitáculo do roadster é dividido em três camadas: informações/entretenimento, conforto e meio ambiente
  • Graças ao mecanismo deslizante, é possível dirigir o ConnectedDrive com as portas recolhidas

Dirigir um roadster significa conectar-se ao ambiente. É quase uma moto, só que com quatro rodas – e maiores doses de conforto nos modelos mais modernos. Se depender da BMW, a conexão não se limitará ao que está em volta do carro. A marca alemã antecipou o conceito Conne­­cted­­Drive, que fará a sua estreia no Salão de Genebra, a partir de 3 de março.

Como o nome indica (algo como direção conectada), o roadster é um daqueles carros para a geração Y, que nasceu a partir de meados da década de 1970 e que vive praticamente com um computador pessoal ao colo. Para conquistar a geração acostumada a trocar arquivos e experiências pela internet, a marca criou um novo tipo de interação a bordo.

Não, nada de "tuitar" dirigindo. A BMW pensou em uma conexão en­­tre motorista, passageiro, carro e am­­biente. O habitáculo do roadster é di­­vidido em três camadas: informações/entretenimento (infotainment), conforto e meio am­­biente. Cada camada transparente é definida por uma cor, ritmo, movimento de luzes e textura. Abaixo dessas su­­perfícies translúcidas, é possível ver o tráfego de informações representado pela iluminação por fibra óptica.

A primeira camada de luzes é a da segurança, formada pelo contorno vermelho em torno do motorista, que se une ao capô. Por meio da luz, o piloto pode saber se há algum obstáculo na estrada, ou receber outro alerta. Para auxiliar na segurança, todas as informações são dispostas em um visor na altura da visão (HUD), junto ao para-brisa. A segunda camada, de coloração azul, é a de informações/entretenimento, que engloba a primeira e se estende ao passageiro, indicando a troca de arquivos e informações entre condutor e carona (cada um tem sua própria tela personalizável, que possibilita o envio de dados com apenas um toque). Já o terceiro jogo de luzes, de cor verde, contorna os painéis de carroceria e captura, a partir de sensores nos faróis e lanternas e antenas no lugar dos retrovisores, dados sobre o entorno do carro. Na prática, é como uma rede de computadores, uma net­­work sobre rodas.

O estilo exibe uma série de referências. O jogo de superfícies reproduz o estilo de luz e sombra, como nos BMWs criados por Chris Bangle, antigo diretor de estilo da marca. Outra referência é a forma como as portas se abrem: embutindo-se na própria soleira elevada, como no roadster Z1, de 1987, que ficou co­­nhe­­cido também pela carroceria em plástico. Graças ao mecanismo deslizante, é possível dirigir o Con­­nectedDrive com as portas recolhidas, como nos roadsters antigos de li­­nha de cintura baixa, que deixavam o ombro do motorista um pouco para fora.

A porção conceito fica clara na re­­ferência ao estilo inaugurado pelo Ef­­ficientDynamics, exibido em se­­tembro de 2009 no Salão de Fran­­k­­furt, em especial nos para-lamas frontais em lâminas, que se ligam às entradas de ar. Não ficam de fora elementos inconfundíveis da marca alemã, como os faróis com aros luminosos em LEDs e a ampla grade bipartida em duplo rim. O visual futurista não impede que o conceito possa chegar às ruas como um roads­­ter mais acessível que o Z4 e que o sofisticado – e caro – Z1 original.

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