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O cantor e compositor Eric Clapton | Reuters/Luke MacGregor
O cantor e compositor Eric Clapton| Foto: Reuters/Luke MacGregor

Aerografia

Aerografia é uma técnica de pintura onde se utiliza uma pequena pistola ligada a um compressor de ar para produzir jatos de tinta. Estudiosos da arte dizem que ela surgiu ainda na pré-história, quando homens da caverna assopravam pigmentos através de tubos derivados de ossos de animais e bambus.

Joelson Alves tem 31 anos e sempre gostou de desenhar, além de alimentar o sonho de ser pintor na indústria automotiva. Há cinco anos, quando começou a trabalhar na fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, foi logo se instalar na área de pintura, embora no começo tenha ficado no lixamento. Dois anos depois, entrou para o grupo de pintores.

Alves é ho­­je pintor de esmalte, verniz e spot-repair da fábrica. Nas horas va­­gas, na oficina do pai, continua envolvido com as tintas automotivas, mas aí ele faz da superfície dos veículos telas para desenvolver sua arte. Ele lembra que tudo começou há dez anos, com a restauração da pintura do Fusca de um amigo. "Apliquei vários detalhes em aerografia. Com o passar do tempo, fui aperfeiçoando a técnica", afirma.

Na Volkswagen, o seu trabalho ficou conhecido quando ele pintou um Fox para participar de um concurso interno que a montadora realiza todos os anos, de presépios de Natal. Logo a habilidade de Alves passou a ser conhecida por familiares e amigos e as encomendas começaram a surgir.

O último trabalho foi a customização do capô do carro do seu cunhado. Alves buscou inspiração nos filmes de Harry Potter para elaborar a paisagem. O pintor diz que não cobrou nada pelo serviço, mas avalia que as cerca de três semanas de trabalho valeriam R$ 900, se fosse estipular preço.

Alves explica que é o tempo de trabalho que determina o custo. O material utilizado não é caro e pode ser encontrado facilmente: aerógrafo e tintas automotivas. E ele costuma usar uma grande quantidade de cores. Num desenho em preto e branco, por exemplo, Alves pode aplicar até 11 tons de cinza para conseguir o efeito desejado.

Segundo ele, o mais comum é o dono do carro escolher uma pequena área para customizar. Até porque é necessário manter 50% da pintura original para que não seja necessário registrar a alteração de característica nos órgãos de trânsito. A mudança da cor predominante exige autorização prévia do Departamento de Trânsito (Detran), que custa R$ 15,69. Depois de concluída a modificação, o motorista deve voltar para a emissão de novo documento (R$ 86,91), além de pagar a taxa de R$ 86,66 referente à mudança de cor.

Serviço: O telefone para contato com Joelson Alves é (41) 3372-6979.

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