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“Não é só o lançamento do C4 Cactus, é o lançamento da nova Citroën no Brasil”. A frase da diretora geral da PSA Peugeot-Citroën, Ana Theresa Borsari, abrindo a apresentação oficial do SUV nesta terça-feira (28) resume bem a importância da novidade para a marca. 

C4 Cactus chega ao mercado nacional para tentar mudar o patamar da Citroën no país. A fabricante tem menos de 1% da fatia de mercado e seu modelo mais vendido atualmente é o hatch C3, com pouco mais de 4 mil unidades em 2018 e a tímida 47.ª posição entre os carros mais emplacados no Brasil.

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A expectativa da empresa é que o Cactus mude esse cenário. Por isso aposta nos preços, no visual e no nível de equipamentos para buscar um espaço no concorridíssimo segmento de SUV compacto, liderado por Honda HR-V e que é seguido de perto por Jeep RenegadeNissan Kicks e Hyundai Creta.

O modelo é produzido na fábrica de Porto Real (RJ) e foi desenvolvido pelo estúdio de design brasileiro, com detalhes visuais exclusivos para o mercado nacional - há diferenças para o europeu, que estreou em 2014.

São três versões, divididas em seis configurações de acabamento e duas motorizações, que já estão disponíveis em pré-venda - nas lojas, só no início de outubro. 

Versão Preço
C4 Cactus 1.6 Live R$ 68.990
C4 Cactus 1.6 Feel R$ 73.490
C4 Cactus 1.6 Feel AT R$ 79.990
C4 Cactus 1.6 Feel Pack AT R$ 84.990
C4 Cactus 1.6 THP AT R$ 94.990
C4 Cactus 1.6 Shine THP AT R$ 98.990
AT: câmbio automático

Design ao melhor estilo francês

C4 Cactus exibe a nova identidade da marca, com assinatura luminosa em três estágios. Na parte de cima as lentes esguias formam a luz diurna em led, que se conecta à grade composta pelo duplo chevron cromado.

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Na região central ficam os projetores com máscara negra. Já embaixo estão os faróis de neblina abrigados num nicho cuja cor dos contornos pode combinar com a do teto e da capa dos retrovisores.

“Lançamos esse desenho bem antes da Toro em nossos modelos europeus. Foi a Fiat que buscou inspiração na Citroën e não o contrário”, esclarece Daniel Nozaki, diretor do Centro de Estilo do Grupo PSA.

De perfil o modelo segue a proposta de um utilitário, com a frente mais alta e horizontal, dois volumes bem definidos e ótima altura em relação ao solo de 22,5 cm - superior a Creta (19 cm), Kicks (20 cm), HR-V (21 cm) e Renegade (21,5 cm).

Isso garante mais segurança para transpor obstáculos na pista, como lombadas e buracos e até valetas mais profundas em piso fora de estrada.

A personalidade do carro é valorizada pelo presença dos airbumps, uma espécie de para-choque emborrachado na parte inferior das laterais do carro.

Na traseira as lanternas vêm com dois módulos em led alongados e efeito 3D, que entregam mais sofisticação ao modelo.

Para quem curte personalização, a novidade oferece 14 tipos de combinação, graças à oferta da carroceria biton. São três opções de cores de teto (branca, preta e azul) e seis de carroceria (branca, cinza alumínio, cinza grafito, preta, vermelha e azul).

Interior espaçoso e painel 100% digital

Idealizado pelo estúdio de design brasileiro da PSA, o interior do C4 Cactus se destaca pelo painel de linhas planas e o desenho inovador das saídas de ar.

O quadro de instrumentos é 100% digital e tem um velocímetro de números grandes e posicionado ao centro, que facilita a visualização e não deixa o condutor se ‘distrair’.

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A central multimídia está presente em toda as versões, com uma tela de 7 polegadas que lembra um tablet. Ela exibe, entre outras funções, os sistemas de auxílio à condução (presentes nas versões mais completas), os comandos do ar-condicionado e de telefonia.

Também oferece conexão Apple CarPlayAndroid Auto, que permite a navegação por meio do Google Maps ou do Waze - a central não traz GPS integrado. É possível espelhar os aplicativos do celular com a tecnologia mirror screen. 

O revestimento das portas e do painel mescla (pouco) material em vinil e tecido com (muito) plástico duro, diminuindo o ar de sofisticação comum aos modelos da Citroën acima de R$ 80 mil.

Por dentro, o C4 Cactus parece ser um veículo bem compacto. Mas fica só na impressão. Há bom espaço para os ocupantes, especialmente para quem vai atrás, beneficiado pelo bom entre-eixos de 2,60 m - similar ao de sedãs médios e dos SUVs líderes de mercado.

Mas por fora, os 4,17 m de comprimento fazem dele o menor grupo - HR-VKicks possuem 4,29 m, Creta, 4,27 m, e Renegade, 4,24 m. Em contrapartida, isso favorece as manobras em espaços reduzidos.

O bom espaço interno acaba comprometendo o porta-malas. São apenas 320 litros, bem inferior aos rivais citados acima, que têm pelo menos 100 litros a mais (exceção ao Renegade, que tem os mesmos 320 l).

Motor e câmbio, combinação divertida

A PSA Peugeot-Citroën equipa mais um modelo com o premiado motor 1.6 THP (Turbo High Pressure), de 173/ 166 cv (etanol/gasolina) e 24,5 kgfm de torque, fruto da parceria com a BMW.

Ele está presente nas duas versões mais caras e vem combinado com o câmbio automático de seis velocidades. O conjunto faz o C4 Cactus acelerar de 0 a 100 km/h em 7,3 s (etanol) e alcançar velocidade máxima de 212 km/h.

Pudemos testar a desenvoltura do propulsor no test drive organizado pela marca na região de Mogi das Cruzes. 

SUV compacto mostrou desempenho de esportivo, com repostas rápidas nas acelerações e o torque máximo aparecendo já a 1.400 rpm. O ajustado câmbio automático propicia trocas sem solavancos ou perda de potência. 

Quando colocamos a transmissão no modo de Sport, a passagem de marcha acontece em giros mais altos, favorecendo uma condução mais arisca - há ainda o modo Eco (privilegia o consumo).

Por falar em mudança de marcha, ele é bem macia e deixa o dirigir ainda mais divertido quando feita pela alavanca no posição manual (troca sequencial).  

Nas configurações mais acessíveis, há a opção do motor 1.6 aspirado, de 120/ 118 cv e 16,4 kgfm (câmbio manual) e 16,1 kgfm (automático).

Não realizamos a avaliação nesta motorização, mas a considerar a liberação do torque máximo somente em altas rotações (de 4.500 a 4.750 rpm), é provável que C4 Cactus 1.6 aspirado seja indicado apenas para o motorista essencialmente urbano e que não tem pressa para chegar ao destino.

Já o conjunto da suspensão absorveu bem os impactos de pedras e valetas durante trechos fora de estrada.

Tecnologia acima da média 

Um dos trunfos do SUV da Citroën para fazer frente à forte concorrência é o nível de equipamentos de auxílio à condução. São 12 listados pela marca. 

Como item de série, o destaque é o grip control, dispositivo que melhora a aderência do carro em terrenos acidentados ou difíceis, como areia, lama ou neve.

Os outros que merecem citação estão disponíveis como opcionais na versão Shine Pack (topo de linha). É o caso da frenagem automática e os alertas de colisão e de saída de faixa. 

Durante o teste de rodovia, percebemos que o alerta de faixa pode ser importante em viagens noturnas ou diante de uma desatenção do condutor. 

No entanto é bom manter o carro sempre bem posicionado entre as faixas, pois o aviso sonoro apita na mínima aproximação, o que com o tempo acaba irritando.

Já o alerta de colisão mostra um desenho na tela da central multimídia avisando do risco de se aproximar demais do veículo à frente. 

Não conseguimos conferir a frenagem automática, porém os engenheiros da Citroën garantem que ela é eficiente, reduzindo a velocidade de impacto ou até evitando a colisão frontal do veículo, caso o motorista não consiga reagir.

Os demais itens já aparecem em alguns rivais, como câmera de ré, piloto automático, faróis de neblina com função cornering (ilumina o sentido da curva), assistente de partida em rampa e acesso ao carro sem a chave.

O que traz cada versão:

1.6 Live 

R$ 68.990 

Direção elétrica; ar-condicionado digital integrado à central multimídia; luz diurna em led (DRL); lanternas com efeito 3D; barras de teto; rodas aro 16 (em aço); painel de instrumentos 100% digital; volante com regulagem de altura e profundidade com comandos integrados; central multimídia com tela 7’’ com conexão Android Auto e Apple CarPlay; vidros e retrovisores elétricos; assentos dianteiros reguláveis em altura; Isofix para cadeirinha infantil; e barras de proteção laterais.

1.6 Feel 

De R$ 73.490 a R$ 84.990

+ faróis de neblina; câmera de ré; rodas de liga aro 17; Eco-coaching no quadro de instrumento; alarme perimétrico; vidros elétricos com subida/descida um toque; e piloto automático. Nas versões  automáticas, acrescenta controle de estabilidade; assistente de partida em rampa e detector de pressão dos pneus.

Opcionais

Sensores de iluminação e de chuva; ar-condicionado digital; volante em couro; alarme volumétrico; airbag lateral; barras de teto tipo flutuante; rodas com desenho exclusivo aro de 17; e teto de duas cores.

1.6 THP Shine

De R$ 94.990 a R$ 98.990

+ barra de teto flutuante; ar-condicionado digital; rodas de liga aro 17” diamantada, painel com revestimento soft touch; sensores de iluminação e de chuva; volante e bancos em couro; airbag lateral; e grip control e alarme perimétrico + volumétrico. 

Opcionais

Sistema de frenagem automática; alertas de colisão, de atenção ao condutor e de saída de faixa; indicador de descanso; retrovisor interno eletrocrômico; airbag de cortina; e carroceria de duas cores.

O jornalista viajou a convite da Citroën
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