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A potência máxima (89,6 cv) só aparece aos 9.250 rpm e o torque máximo (6,9 kgfm) nos 7.250 rpm | Doni Castilho/Agência Infomoto
A potência máxima (89,6 cv) só aparece aos 9.250 rpm e o torque máximo (6,9 kgfm) nos 7.250 rpm| Foto: Doni Castilho/Agência Infomoto
  • O conjunto óptico trapezoidal diferencia essa naked no segmento
  • O painel de instrumentos é completo, com informações analógicas e digitais
  • O banco bipartido ajuda no visual, mas peca no conforto

O mercado brasileiro de motos nunca ofereceu tantas opções para o consumidor. Isso se explica pelo fato de o Brasil figurar atualmente entre os cinco maiores produtores mundiais de motocicletas, com uma frota de mais de 17 milhões de motocicletas – média de uma para cada 11,5 habitantes – e cadeia produtiva empregando diretamente cerca de 140 mil pessoas na indústria de todo o país.

Com esse boom vieram as opções. E com estas opções, que vão de motocicletas da BMW e MV Agusta, até Honda, Yamaha, Dafra e Kasinski, apareceu a Comet GT650. Apresentada no fim do ano passado, durante o Salão Duas Rodas 2011, essa naked de 650 cm³ é a moto mais acessível (R$ 20.990) do segmento de nakeds de 600cc e aparece como mais uma opção para o motociclista que deseja dar um upgrade à sua rotina.

Para isso, a Kasinski optou por manter o motor de dois cilindros em "V", que equipa sua irmã ca­­re­­nada, a Comet GT650R. Além de diferenciá-la, fazem dessa naked uma alternativa as motos de quatro e dois cilindros em li­­nha. Já no conjunto nenhuma surpresa. Suspensões eficientes, desempenho condizente com sua proposta e um design agressivo, tudo para conseguir um espaço neste concorrido nicho das nakeds de média cilindrada.

Única com V2

Para reduzir gastos e aproveitar os componentes que já "têm em casa", a Kasinski preferiu equipar a Comet GT650 com o mesmo motor de dois cilindros em "V" que já movem a esportiva Comet GT650R e a custom Mirage 650. O problema é que os engenheiros da marca tiveram que alterar a faixa útil do propulsor, deixando esta naked "manca" em rotações mais baixas.

Como o motor é o mesmo e a tocada precisava ser diferente, a potência máxima (89,6 cv) só aparece aos 9.250 rpm e o torque máximo (6,9 kgfm) nos 7.250 rpm. Isso complica um pouco a vida do motociclista urbano — público alvo desta moto —, que precisa trocar de marcha o tempo todo.

Por outro lado, quando chega às rodovias o motor apresenta uma dinâmica interessante. O condutor consegue trabalhar em todas as faixas do propulsor e, se não fosse o vento, viajaria aos 150 km/h sem se cansar. Por conta dessa característica, o consumo da GT650 variou bem entre o trânsito urbano e o trânsito viário. Alimentada por injeção eletrônica, essa naked chegou a fazer 16,9 km/l na estrada e baixou para 14,5 km/l na cidade.

Se a motorização desta Kasinski deixou um pouco a desejar na cidade, na ciclística acertou em cheio. Todo o conjunto funciona alinhado com a proposta urbana desta moto. Os potentes discos duplos dianteiros (pinças duplas com quatro pistões) aliados ao disco simples traseiro deixam o piloto tranquilo nas frenagens. A Kasinski não divulga diâmetro dos discos, nem o curso das suspensões.

Visual

Outra característica que diferencia a Comet GT650 é seu visual agressivo. Equipada com um conjunto óptico trapezoidal, o modelo vem com decoração bicolor no banco da garupa. Detalhe que também foge dos padrões do segmento. O banco bipartido remete às motos racing e realmente dá um ar mais esportivo a essa Kasinski. Entre­tanto, o conforto fica comprometido. O encaixe das pernas é um ponto positivo, mas a garupa sofre com esse tipo de assento.

Um ponto que poderia ser revisto é o acabamento. Muitos cabos aparentes e soldas grosseiras no quadro tubular atrapalham um pouco o visual dessa naked. Por fim, o painel é completo, mescla informações analógicas e digitais e ainda conta com três níveis de iluminação, o que facilita a visualização tanto durante o dia como mais para a noite. A Kasinski GT650 é comercializada nas cores preta e vermelha pelo prelo sugerido de R$ 20.990.

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