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Se um veículo que vem em direção contrária na rodovia piscar as luzes, durante à noite, pode significar duas coisas: acidente na pista logo à frente ou então que a iluminação do seu carro é um verdadeiro holofote que incomoda quem cruza por você. Se o aviso refere-se à segunda situação e a luz alta não está acionada, é sinal de que os faróis precisam de uma regulagem.

Segundo estatísticas de trânsito, cerca de 40% dos acidentes que ocorrem à noite nas estradas são provocados por esse impacto de luminosidade nos olhos do motoristas, que pode deixá-lo momentaneamente cego – tempo suficiente para o veículo percorrer centenas de metros. Na maioria das vezes, quem vem do lado contrário acha que está sendo agredido e para se defender, contra-ataca. A "brincadeira", às vezes, pode ser fatal.

Regular os faróis é simples e barato (custo médio de R$ 10). Em algumas auto-elétricas especializadas, o serviço chega a ser gratuito. O ajuste é recomendado todas vez que se trocar o equipamento – em caso de quebra, por exemplo. "Qualquer alteração no conjunto, por milímetros que seja, é suficiente para alterar a direção do facho", salienta Luciano Rogério Silvi, gerente da Eletro Jonas, no bairro Portão, em Curitiba, umas das empresas que oferecem o serviço como cortesia.

Todo o carro já sai de fábrica com os faróis regulados e, segundo Silvi, dificilmente perderá esse ajuste. A não ser que o veículo sofra um trabalho de reparação após um acidente, onde a remontagem dos faróis geralmente implica na mudança do facho, ou então se alguém mexer no sistema. Ao contrário do que se imagina, "passar em buracos, valetas e lombadas não interfere na regulagem", garante o gerente.

Para verificar se o sistema está desajustado, pare o carro em um local plano, de frente para a parede (distante uns cinco metros), ligue o farol baixo e observe se os feixes têm a mesma altura, se não será preciso regulá-los. Na maioria dos veículos, existem parafusos que fazem o acerto. Alguns modelos, como o Vectra, trazem de fábrica a regulagem elétrica. Já o gasto para implantar este mecanismo vai de R$ 160 a R$ 450.

Encher o porta-malas ou levar cinco pessoas, mais bagagem e tanque cheio, também influencia na direção da luz. Ela se eleva e passa a atingir os olhos do motorista que vem em sentido contrário. Portanto, nestas condições, é importante "calibrar" o sistema antes de pegar a estrada.

Trocar a lâmpada não prejudica o alinhamento dos faróis, desde que não se mexa no conjunto. Tão importante quanto manter o ajuste dos feixes é colocar lâmpadas que sejam indicadas pelo fabricante do veículo.

Existem muitas similares no mercado que não possuem durabilidade e podem causar danos ao sistema elétrico do carro, como curto-circuito. "As marcas chinesas custam metade do preço das originais, porém duram pouco. As mais indicadas são as da Philips, Osram ou GE", orienta Dênis Hermógenes Ferreira, sócio-gerente da Casa dos Faróis e Lanternas, no Capão Raso. O preço médio do kit original luz alta e baixa (modelos H4 e H5) para carros mais antigos como, por exemplo, Kadett, Gol "bola" e "quadrado", Corsa e Escort é de R$ 10. Nos veículos mais novos, que possuem sistema de lâmpadas separado, o modelo H7 (baixa) custa em média R$ 20, enquanto que o H1 e H3 (alta) sai por R$ 10.

Serviço: Eletro Jonas – (0XX41) 3345-6533. Casa dos Faróis e Lanternas – (0XX41) 3018-2981.

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