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Iralberto Moura e Santos, kombistas da caravana brasiliense. | Daniel Zanella
Gazeta do Povo
Iralberto Moura e Santos, kombistas da caravana brasiliense.| Foto: Daniel Zanella Gazeta do Povo

Brinquedoteca com miniaturas. Carrinhos colecionáveis que reproduzem os modelos mais clássicos. Adesivos com as inscrições “Não deixem a Kombi morrer”. Kombi que vira barraca de açaí. Criança com camisetinha personalizada. Mais de 200 modelos de vans. Alguns rostos cansados de viagem longa.

O universo das Kombis, evocado no dia nacional da dela, o DNK, que aconteceu na Pedra do Agricultor, em Curitiba, neste domingo (2), evidencia como a paixão do brasileiro pelo famoso utilitário da Volkswagen ultrapassa barreiras, inclusive geográficas.

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Nilton Candeo, proprietário da Senta a Púa (escrito assim mesmo), uma Kombi branca 2004, modelo Caráter, veio de Cascavel exclusivamente para o evento. É o seu terceiro ano.

“Foram nove horas de viagem. Não é tão rápido como vir de carro, mas a Senta a Púa veio direitinho”, orgulha-se Candeo. Segundo o viajante, Kombi que se preza tem de ter nome. “Alguma coisa que puxe pro lado afetivo da gente”. 

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Se vir de Cascavel pode já parecer uma grande aventura, Rudimar Stefani veio de ainda mais longe: 14 horas de Porto Alegre até aqui.

O fã saiu da capital gaúcha com mais quatro amigos. “Só quem ama esse negócio sabe como é, como vale a dedicação toda, independente das distâncias”.

A sua Kombi, modelo 1964, passou por dez anos de restauração antes de começar a rodar o Brasil. Ir ao DNK, para ele, é uma espécie de consolidação do espírito kombista. “Só quem vive disso sabe como é importante vir ao DKN”, define.

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Capital da Kombi

Mais de 3 mil quilômetros. Esta é a distância percorrida por um grupo de 14 vans, que se deslocou especialmente para o Dia Internacional da Kombi. “Chegamos quinta-feira a Curitiba. Foram dois dias de viagem”, conta Iralberto Moura, kombista há 45 anos.

A caravana da capital federal foi formada por 15 Kombis e um carro de apoio. Do estilo vascaína, ano 1973, até os modelos mais recentes. Infelizmente, uma das vans ficou pelo caminho, vitimada pelo motor.

“É uma paixão, compensa a distância da viagem”, alega Moura, que já teve 12 exemplares da “Velha Senhora”. 

Kombis integrantes da caravana de Brasília.
Daniel Zanella / Gazeta do Povo

João Santos, de 52 anos, também veio com o pessoal de Brasília e reforça como a tradição vem de gerações. “Meu pai teve mais de meia dúzia de Kombis. Aí minha primeira eu dirigi aos dez anos. Está no sangue”.

Entre as várias Kombis de sua garagem, Santos trouxe o modelo 2014, de teto alto, a versão que marcou a despedida da produção do Volkswagen no Brasil.

Em Brasília, o grupo formou o Kapital Kombi Klub (KKK). São aficionados por Kombi de todos os tipos, todos com aquele ar acolhedor ao falar do mítico utilitário, um certo tipo de carinho familiar.

“É uma paixão sem fim”, define Marco Antonio Cardoso Arantes, proprietário da Jacyra. “Sei que dá pra pensar que somos todos loucos, mas é paixão mesmo”.

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