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Mesmo com a crise no setor, o mercado brasileiro automotivo continua a ser estratégico para as principais montadoras do planeta. O ritmo de lançamentos não diminui e mensalmente inúmeras novidades chegam às lojas.

A partir de 2017 começam a desembarcar em solo nacional algumas das atrações do Salão de Paris, o mais charmoso do planeta e que acontece até o próximo domingo (16).

Boa parte opções para bolsos mais abastados, como os novos Land Rover Discovery e o Mercedes AMG GT R. Mas, também há novidades para o consumidor ‘comum’, como as gerações atualizadas do Kia Rio e o Hyundai i30.

A segunda geração do SUV, que estreia no Brasil em 2017, adotou traços do irmão menor Q3 e do maior Q7. A grade hexagonal traz contornos mais largos que os dos veículos de passeio da marca, realçando o visual mais robusto dos utilitários.

Na traseira, as lanternas tiveram inspiração nas do Q3. Até o sedã A5 emprestou detalhes do seu design ao Q5, no caso o enorme vinco lateral que deixa o modelo ainda mais ‘musculoso’.

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O carro também cresceu, somando 4,67 metros de comprimento e 2,83 m de entre-eixos (a geração anterior tinha 4,63 m e 2,81 m, respectivamente). A capacidade do porta-malas aumento 10 litros, chegando a 550 l.

O interior segue o design dos novos modelos da Audi, com destaque para o Virtual Cockpit, o painel de instrumentos configurável em uma tela de 12,3”.

O novo Q5 virá equipado com dois motores diesel, um 2.0 de 190 cavalos e um 3.0 V6, de 286 cv, além de outro 2.0, a gasolina, que rende 252 cv. Todos associados ao câmbio automatizado de dupla embreagem S-Tronic, de sete velocidades.

A terceira geração do hatch médio faz sua estreia mundial em Paris. Ela absorve de vez o estilo europeu, cada vez mais presente nos carros do grupo Kia-Hyundai desde que o designer alemão Peter Schreyer, ex-Audi, passou a projetar os modelos - hoje ele preside a Hyundai.

Ao bater os olhos nas mudanças do i30 fica claro que as linhas de carros francesas serviram de inspiração, como as do Peugeot 308. O interior está mais sóbrio e tecnológico. O novo sistema multimídia, com telas de 5” ou 8”, agora espelha os smartphones via Apple Carplay e Android Auto.

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A principal mudança está na linha de motores , que é quase toda turbo para entregar mais força e reduzir o consumo de combustível. Há apenas um versão com propulsor aspirado, a 1.4, de quatro cilindros, que rende 100 cv.

As demais são sobrealimentadas: a 1.0 turbo, de três cilindros (120 cv), a 1.4 turbo, de quatro cilindros (140 cv) e a 1.6 turbodiesel, cujas potências variam de 95 cv a 133 cv. Há opções de transmissão manual de 6 marchas ou automatizada de dupla embreagem e 7 velocidades.

No Brasil, a geração anterior estreou recentemente e é vendida apenas com o propulsor 1.8 a gasolina, de 150 cv. Assim, é provável que o novo i30 só venha em 2018.

A quinta geração do utilitário fez sua estreia mundial em Paris e já tem presença garantida no Salão de Paulo, no mês que vem. Ele estará nas lojas brasileiras a partir do próximo ano

Baseado no conceito Discovery Vision, que foi revelado em 2014 e também deu origem às linhas do Discovery Sport, o ‘suvão’ familiar tem um visual muito próximo ao do Evoque.

Os faróis são bem afilados e para-choques enormes e com entradas de ar marcantes. Design que transmite mais agressividade.

O modelo cresceu, com 11 cm a mais no comprimento e 3,8 cm de entre-eixos. O que significa um anterior ainda mais amplo. Com a terceira fileira de bancos (7 lugares), o porta-malas comporta 258 litros, volume que sobe para 1.137 l com cinco lugares e alcança 2.406 l com todos os assentos traseiros rebatidos.

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Detalhe: é possível ajustar os bancos(que já são elétricos) por aplicativo via celular. A tecnologia também está presente no sistema InControl Touch Pro, acionado por uma tela de 10”, com conexão 3G, roteador Wi-Fi, televisão, nove entradas USB e pareamento com celulares.

O conjunto de motores a diesel disponível conta com o TD4 2.0, de 180 cv e 61,11 kgfm; o SD4, de 240 cv e 50,98 kgfm; e o V6 TD6 de 258 cv e 61,11 kgfm. Há ainda o Si6 3.0 V6 a gasolina com compressor, de 340 cv e 45,88 kgfm. Todos associados à transmissão automática de nove marchas. Apenas o TD6 e Si6 estarão á venda no Brasil.

A 4.ª geração do hatch traz um visual completamente renovado. O modelo também está mais tecnológico e seguro - recebeu cinco estrelas no Euro NCAP, principalmente pela presença de alguns itens de segurança, como frenagem de emergência autônoma com detecção de pedestres e o alerta de saída de faixa (este opcional).

Destaque ainda para o inédito motor 1.0 tricilíndrico turbo, que rende 100 cv ou 120 cv, dependendo da versão, e torque de 17,5 kgfm.

São com essas credenciais que ele desembarca no Brasil até o fim do próximo ano, vindo do México, para brigar com modelos premium no segmento, como Peugeot 208, Ford New Fiesta e Hyundai HB20.

Na Europa, a gama de propulsores inclui ao 1.25 l (gasolina) e 1.4 l (turbodiesel).

O estande da Mercedes-Benz é um dos mais badalados da salão francês. Para onde se olha, há um exemplar de tirar o fôlego. Como as recentes versões dos superesportivos AMG GT R, com motor 4.0 biturbo V8, de 585 cv e 71,5 kgfm, e AMG GT C Roadster, conversível com mesmo propulsor, porém preparado para atingir 557 cv.

As máquinas alemãs começam a ser importadas para o Brasil no primeiro semestre de 2017. O AMG GT R, opção mais esportiva do cupê, leva apenas 3,6 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, atingindo a velocidade máxima de 318 km/h.

O carro chama a atenção pela nada discreta cor verde, além de trazer acessórios inspirados nas versões de competição, como os apêndices aerodinâmicos e o aerofólio traseiro.

Já o GT C traz com capota de tecido que pode ser aberta ou fechada em apenas 11 segundos a uma velocidade de até 50 km/h.

Os preços de ambos no mercado nacional deve girar entre R$ 770 mil e R$ 1 milhão.

A nova geração estreia no Brasil em 2017 adotando, enfim, o perfil de SUV, com uma linha de cintura mais alta, para-choques largos, saias laterais, rodas maiores, barras de teto, entre outros componentes visuais.

A dianteira foi inspirada no hatch médio 308. A grade se destaca e é emoldurada por linhas cromadas. Os faróis são bem recortados e vem acompanhados de luz diurna em led pontilhada.

Na traseira, as lanternas em led ganharam assinatura tipo ‘garra de leão’ e são ligadas por um acabamento em preto que percorre toda a tampa do porta-malas.

A revolução na cabine segue o conceito i-Cockpit, que combina detalhes como o volante pequeno e baixo com o quadro de instrumentos elevado. Os mostradores são digitais, exibidos numa tela configurável de 12,3” colorida.

No quesito segurança, destaque para o alerta de colisão com frenagem automática, aviso de mudança involuntária de faixa, farol alto automático e aviso de ponto cego. O modelo vem ainda com sistema de frenagem de emergência, assistentes de estacionamento automático e de partida em subida e de descida.

Na Europa, a novidade está disponível com os motores a gasolina 1.2 Pure Tech, de 130 cv e 1.6 THP, de 165 cv, além dos diesel 1.6, de 100 e 120 cv, e 2.0, de 150 cv e 180 cv. O câmbio é de seis marchas, manual ou automático. No Brasil, o propulsor será a versão 1.6 THP, que equipa o modelo atual .

Em sua nova geração, o cupê de quatro portas trocou o visual controverso para se aproximar mais ao do 911, especialmente na traseira. Em Paris, o destaque é a versão híbrida, que, por enquanto, não será vendida no Brasil.

O modelo ganha uma nova central multimídia PCM, já presente em outros modelos do Porsche. O sistema traz uma tela de 12,3” que possibilita ao motorista e ao passageiro configurá-la individualmente. Entre os recursos disponíveis está navegação online, espelhamento do smartphone via CarPlay e comandos por voz.

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O Panamera vem equipado com dois motores a gasolina e um a diesel. A versão 4S de entrada usa o V6 2.9 turbo, de 440 cv e 56 kgfm de torque – 20 cv e 3 kgfm a mais que o antecessor. Já a Turbo leva um V8 4.0 turbinado, de 550 cv e 78,5 kgfm (acréscimo de 30 cv e 7,1 kgfm em relação à Turbo anterior.

Os europeus contam ainda com a opção 4S diesel com blovo V8, de 422 cv. Todos com transmissão automatizada de dupla embreagem.

O novo Panamera começará a ser entregue em novembro deste ano no Velho Continente e em dezembro desembarca no Brasil nas configurações 4S e Turbo.

O March 2017, que em diversos mercados é chamado de Micra, subiu alguns degraus dentro do segmento e já pode botar banca de modelo premium, pelo menos quando chegar ao Brasil - isso não deve ocorrer antes de 2018.

A identificação com o Kicks é imediata. A grade frontal em ‘V’ interagindo com os faróis, a linha de cintura com vincos marcantes, as lanternas no estilo bumerangue e o teto flutuante faz do novo March uma espécie de hatch do Kicks.

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A dirigibilidade evolui com uma nova direção elétrica e dois auxílios de condução emprestados do Kicks: Controle Dinâmico em Curvas (Active Trace Control) e Estabilizador Ativo de Carroceria (Active Ride Control), que atuam na suspensão, freios e também na estabilidade, oferecendo um complemento aos controles de estabilidade e tração.

Há ainda dispositivos só vistos em segmentos maiores, como alerta de mudança de faixa, sistema anticolisão para proteção de pedestres, câmeras 360°, reconhecimento de placas de trânsito, farol alto automático e assistente de ponto cego.

A mostra de Paris também é palco para a apresentação oficial da picape média Alaskan na Europa, prevista para estrear no Brasil em 2018. Antes, estreia na América Latina via mercado colombiano.

O modelo usa a mesma plataforma da nova Nissan Frontier, em produção na Argentina e que deve desembarcar no mercado brasileiro no próximo ano.

A Alaskan virá equipada com um motor de 2.3 litros biturbo com as opções a gasolina e a diesel e sistemas de tração 4x2 e 4x4.

A picape apresenta um design robusto com assinatura luminosa full led nos faróis dianteiros e detalhes cromados no entorno da grade, dos faróis de neblina e dos retrovisores. Há ainda rack de teto, estribos nas laterais e rodas de liga leve diamantadas de 16 e 18 polegadas.

O carro vem criando um burburinho no segmento de utilitários e crossovers compactos desde que foi apresentado sob a forma de conceito no Salão de Frankfurt em 2014. Na feira francesa, ele surge como novidade para a Europa, com preço de 22 mil euros (R$ 80 mil).

E também vira um rival de peso para os badalados Honda HR-V e Jeep Renegade, que no Velho Continente são tabelados por 20,1 mil euros (R$ 73,1 mil) e 19 mil euros (R$ 69 mil), respectivamente.

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A divisão brasileira da marca desconversa sobre o lançamento do carro no Brasil, mas isso é praticamente inevitável dado o boom do segmento de SUVs/crossovers compactos no mercado nacional, que só cresce em vendas ante ao cenário negativo do setor automotivo.

Um indicativo de isso deve ocorrer é a presença do modelo como principal atração da marca no Salão de São Paulo, em novembro. A aprovação do público na mostra brasileira é o carimbo necessário para ele rodar por nossas ruas.

Na Europa e Ásia, o C-HR utilizará o motor 1.2 turbo a gasolina, de quatro cilindros, que rende 115 cv, associado ao câmbio manual de seis marchas ou CVT, além da opção híbrida 1.8 do Prius, que gera 122 cv. Em alguns mercados, como talvez o brasileiro, deve rodar com o 2.0, de 153 cv, que já equipa o Corolla nacional.

O jornalista viajou a convite da Anfavea
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