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 | André Rodrigues/Gazeta do Povo
| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Fascínio

Modelo mexe com o imaginário das pessoas

As primeiras lembranças da colecionadora Érica Lemos sobre a marca Cadillac vêm dos filmes que assistia na infância. A beleza e imponência dos carros a impressionavam, mas ela levou alguns anos até ganhar do marido o seu primeiro modelo, um Eldorado Biarritiz 1959.

"Há muitas outras marcas consagradas, mas a Cadillac tem uma beleza única", destaca. A empresária, que possui dois modelos em sua garagem – o outro é um Eldorado 1974 –, afirma que tem uma sensação de nostalgia quando está ao volante. Ela conta que dirige os carros com frequência, para ir ao trabalho ou à academia, principalmente em dias de sol. "Os modelos são conversíveis, então gosto de dirigir quando o clima está bom. Só de admirá-los já me sinto satisfeita. Quando passo em alguma parede envidraçada, fico observando o reflexo dele."

Henrique Gaede tem uma relação parecida com os seis modelos que mantêm na garagem. Ele costuma andar com os carros nos fins de semana, mas muitas vezes gosta apenas de observá-los. "É um tipo de veí­culo que você não precisa usar, só admirar. Eu os deixo cobertos com uma capa preta e quando bate a saudade, fico só olhando."

Adquirir um Cadillac nos EUA para a restauração no Brasil custa entre US$ 10 mil e US$ 150 mil, dependendo do estado do carro e sem a taxa de importação e os reparos necessários.

Serviço

Encontro Nacional de Cadillacs

Datas: 30 e 31/5

Horário: a partir das 18 horas (sexta) e das 9 às 18 horas (sábado).

Local: Phoenix American Mex. BR 116, 6.000, no Tarumã.

Entrada: gratuita

Informações: (41) 3089-9191 ou contato@phst.com.br.

Interessados em expor: glenys@phst.com.br.

  • Érica Lemos possui dois modelos: um Biarritz 1959 e um Eldorado 1974
  • Cadillac La Salle, 1927
  • Cadillac DeVille Cupê, 1949
  • Cadillac El Dorado, 1953
  • Cadillac El Dorado, 1957
  • Cadillac El Dorado, 1959
  • Cadillac El Dorado, 1967
  • Cadillac El Dorado, 1984
  • Cadillac Escalade, 2000
  • Cadillac Deville, 2000
  • Cadillac DTS Lomousine, 2006

Os anos não foram capazes de apagar o brilho da Cadillac. A marca centenária que virou sinônimo de sofisticação pode não viver mais a sua época de ouro, mas ainda exerce um fascínio. A exemplo disso, Curitiba receberá nesta sexta e sábado (30 e 31) o Encontro Nacional de Cadillacs, organizado pelo Cadillac Clube Brasil. O evento reunirá pelo menos 50 proprietários do Paraná e de outros estados e contará com diversos modelos, como os raros Cadillac 1953 Eldorado e o Cadillac 1959 Eldorado Biarritz.

SLIDESHOW: Com mais de cem anos de história, a marca de carros de luxo teve uma infinidade de modelos e gerações. Confira algumas delasINFOGRÁFICO: Veja a linha do tempo do CadillacVIDEO: Érica Lemos mostra detalhes dos seus dois Cadillacs

Favorito entre as estrelas de Hollywood e magnatas de todo o mundo, a marca, que pertence a General Motors desde 1910, fisgou o colecionador Henrique Gaede ainda na infância. "A paixão pela Cadillac surgiu pelo glamour dos carros e por aquilo que ela representa. Depois que comprei o meu primeiro, a coleção se tornou um vício", disse o entusiasta, que participará do encontro.

O curitibano possui quatro modelos: uma limusine Fleetwood 1969, um Eldorado 1975, um Eldorado 1966 e um DeVille 1964 – este foi a sua primeira relíquia, trazida dos Estados Unidos em 2007.

Segundo Érica Lemos, organizadora do evento e sócia da restauradora de veículos Phoenix Studio, é difícil encontrar exemplares à venda no Brasil. A maioria deles é importada dos EUA, em bom estado de conservação, mas com a necessidade de algumas reformas. Ela revela que é mais barato trazer desta forma do que comprá-los totalmente originais. Os preços variam conforme o modelo e as condições em que são entregues.

A Cadillac construiu o seu nome pelos carros glamurosos e pelas inovações na mecânica e acessórios. Em 1910, por exemplo, a empresa já tinha motores V8, enquanto que em 1953 a linha Eldorado apresentava câmbio automático de três marchas. Dona de um modelo Eldorado Biarritz 1959 e de um Eldorado 1974, a empresária lembra que se surpreendeu quando viu os vidros elétricos, a direção hidráulica e o sensor de farol alto no modelo da década de 1950.

Para Gaede, dirigir um Cadillac hoje é como andar em um 'zero quilômetro'. "A qualidade do estofamento, a mecânica, os cromados... O meu Eldorado 1975 tem bancos elétricos, ar-condicionado e uma série de detalhes que só foram aparecer em outros veículos bem depois", aponta.

Gaede afirma ainda que apesar do custo e da necessidade de importação das peças, a manutenção é simples. Os componentes podem ser adquiridos pela internet ou nas próprias restauradoras. Durante o encontro, a Phoenix fará exposição dos veí­culos e abrirá espaço para a venda de componentes para incrementar os carros e alimentar o vício dos fãs.

Curitiba vai receber Encontro Nacional do Cadillac

Os apaixonados por carros antigos tem encontro marcado nesse fim de semana. Essa é a primeira edição do evento. Conheça no vídeo dois dos carros que vão estar em exposição.

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