Os pegas da arrancada por si só já fazem o público vibrar com a extrema velocidade e o barulho ensurdecedor dos carros. Quando uma "puxada" vem seguida da quebra de um recorde, então, os apaixonados pela modalidade vão ao delírio. Essa emoção em dose dupla foi sentida em sete oportunidades pelas quase 35 mil pessoas que prestigiaram o 19.º Festival Brasileiro de Arrancada no fim de semana no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais.
Um dos destaques do evento foi o paranaense Roderjan Busato e seu protótipo do Camaro 1968, de 4 mil cavalos, na categoria Pro Mod. Ele cravou 7s345 nos 402 metros de reta, alcançando 298 km/h. A marca anterior já era dele (7s421), obtida no Festival do ano passado. Apesar da façanha, o carro de Busato ficou longe dos 350 km/h de máxima projetada antes da prova pelo piloto. "O bump no meio da reta impediu ir além disso. O VHT e a borracha aplicados na pista melhoraram a aderência, mas tive de tirar o pé ao passar pela elevação no asfalto", ressaltou.
Outro que "levantou" a arquibancada foi o Opala azul 1978 do paranaense Daniel Raniowski. O Chevrolet de 2 mil cv disputava sua primeira competição e de cara bateu o recorde na categoria Extreme 10,5. Fez 8s009 contra 8s348, marca que pertencia ao próprio Raniowski.
O Festival reuniu quase 300 veículos preparados, divididos em 19 categorias. O mais rápido foi o dragster do paranaense Maurício Debarba, na Drag Top Álcool. Ele fez 6s201 nos 402 metros, alcançando a velocidade máxima de 333 km/h.
Acidente
No sábado, o piloto amazonense Roberto Lima perdeu o controle de seu Mazda no fim da reta. O carro capotou e bateu forte no muro de proteção, mas o piloto não sofreu ferimento grave. No domingo, ele voltou a acelerar em outro carro.
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