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Alterações feitas no Linea brasileiro foram mais discretas que no turco, que exibe mais detalhes cromados | Divulgação/Fiat
Alterações feitas no Linea brasileiro foram mais discretas que no turco, que exibe mais detalhes cromados| Foto: Divulgação/Fiat
  • Placa foi deslocada do para-choques para o meio da tampa traseira
  • Instrumentos terão mesmo padrão visual do novo Punto

A Fiat mexeu no visual do Linea para fazer o seu sedã voltar à briga no mercado nacional. A versão reestilizada do modelo chega no início de abril às lojas para disputar consumidores com Honda City e Ford New Fiesta, seus principais concorrentes no segmento de sedã médio-compacto. Essa será a primeira mudança no veículo desde que estreou no mercado brasileiro em 2008 para substituir o Marea.

Os preços deverão ficar entre R$ 56 mil e R$ 65 mil. Não muito diferente da tabela atual: R$ 54.750 para a versão Essence 1.8 e R$ 65.310 na Absolute 1.8 Dualogic. O novo Linea, que chegará como modelo 2015, recebeu retoques que o remetem à versão fabricada da Turquia, que em 2012 também passou por mudanças visuais – o país europeu é o único, além do Brasil, a produzir o carro.

Os modelos, no entanto, não são exatamente iguais, como se esperava. O sedã mudou pouco por fora. A versão brasileira parece ser mais simples que a turca, que contém mais detalhes cromados decorando a carroceria. Mas a principal mudança foi herdada do versão europeia: a placa foi deslocada do para-choques para o meio da tampa traseira, que também ganhou uma barra cromada. Há ainda novas rodas aro 17.

Além disso, o interior recebeu uma repaginada. Pela imagem divulgada pela Fiat, nota-se um quadro de instrumentos com novo grafismo similar ao do Punto e a manutenção do sistema Blue&Me, para conectividade com smartphones. No entanto, a montadora não cita se o sedã ganhará novos equipamentos.

O conjunto mecânico continuará o mesmo. O modelo segue com o motor 1.8 E.TorQ de 132 cv e 18,9 kgfm de torque, associado a um câmbio manual ou automatizado Dualogic, ambos com cinco marchas.

Papel de coadjuvante deve continuar

O Linea é um carro que nunca empolgou nas vendas. Sempre figurou da metade para baixo no ranking dos sedãs médios neste quesito. A intenção da Fiat ao lançá-lo no Brasil em 2008 era reconquistar o espaço perdido na categoria com o fim da produção do Tempra, ainda na década de 1990. Como chamariz, oferecia um inédito motor 1.9 flex, de 132 cv (a potência foi reduzida no ano seguinte para 127 cv), e outro 1.4 turbo a gasolina, de 152 cv – propulsores não mais oferecidos no modelo.

A meta da montadora, bastante pretensiosa, visava bater de frente com Toyota Corolla e Honda Civic, líderes em volume de vendas. Ficou evidente que a fabricante havia escolhido os inimigos errados. Deixando de lado a notória confiança que o consumidor brasileiro tem nos dois sedãs japoneses quanto à durabilidade mecânica, pesou contra o representante italiano a sua dimensão reduzida (na verdade, ele é médio-compacto), com espaço interno restrito no banco traseiro. Há ainda o problema da alta depreciação – com dois anos de uso a desvalorização é de 34,28%, considerando a tabela Fipe (enquanto que no Corolla fica em 17,88%).

Mas o Linea tem seus atributos. No interior, nota-se esmero e bons materiais. O painel segue o estilo adotado no Punto, com acabamento caprichado. Já os equipamentos de série são básicos e recorrentes na categoria. Se o cliente quiser sensores de estacionamento e crepuscular, ar-condicionado digital e GPS terá de desembolsar cerca de R$ 6 mil para ter todos estes opcionais.

Um cliente mais racional pode facilmente desistir de um Linea em favor de um concorrente do segmento ou até mesmo de modelos menores, como um Nissan Versa ou Chevrolet Cobalt em suas configurações completas, que têm um espaço interno mais amplo.

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