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A terceira geração do Fit traz a nova linguagem visual da Honda, com grande em ‘V’ e conjunto óptico maior | Fotos: Caio Mattos/Honda
A terceira geração do Fit traz a nova linguagem visual da Honda, com grande em ‘V’ e conjunto óptico maior| Foto: Fotos: Caio Mattos/Honda

Desempenho

Câmbio CVT garante fôlego extra

Além do novo motor 1.5 16V flex, de 116 cv e 15,3 kgfm, outra novidade mecânica é a volta da transmissão CVT, que foi totalmente retrabalhada. O sistema foi usado na primeira geração e abandonado na segunda, que adotou o câmbio automático de cinco marchas.

A transmissão agora possui conversor de torque, o que garante mais força nas saídas e maior elasticidade do conjunto. Na avaliação feita pela Gazeta do Povo, o monovolume mostrou um desempenho divertido, com respostas rápidas e fôlego de sobra, mesmo em vias inclinadas – em nenhum momento o motor deu mostras de que perderia força.

O bom desempenho é evidenciado com o câmbio no modo Sport. A razão do propulsor mais esperto está no controle eletrônico da abertura das válvulas que o faz trabalhar como um 8 válvulas em baixas rotações e como um 16 válvulas em altos giros, refletindo no melhor desempenho e no baixo consumo. A caixa traz a opção reduzida, que auxilia nas descidas mais íngremes.

O motor conta ainda com a tecnologia FlexOne, que dispensa o tanquinho para partidas a frio.

Já a transmissão manual de cinco velocidades ganhou novas relações de marcha. A primeira ficou 5% mais curta e a quinta, 5% mais longa para aprimorar a agilidade e o baixo consumo, respectivamente.

Equipamentos

Confira os itens de cada versão do novo Honda Fit: DX manual (R$ 49.900)/DX CVT (R$ 54.500):

Freios ABS com EBD; duplo airbag; direção elétrica; ar-condicionado; coluna de direção ajustável em altura; vidros e travas elétricas; e chave com travamento das portas.

LX manual (R$ 54.200)/ LX CVT (R$ 58.800):

Adiciona retrovisores elétricos; sistema de som 2DIN com UBS e bluetooth; banco do motorista com regulagem de altura; bancos traseiros rebatíveis; vidro do motorista com função ‘um toque’ e antiesmagamento; e alarme.

EX CVT (R$ 62.900):

Agrega câmera de ré; faróis de neblina; grade frontal em preto brilhante; sistema de som com tela LCD de 5" e comando de telefonia no volante; coluna de direção ajustável em altura e profundidade; e chave canivete.

EXL CVT (R$ 65.900):

Acrescenta painel com detalhes que imitam alumínio e revestimento black piano; computador de bordo; piloto automático; bancos e volante em couro; maçanetas na cor prata; e airbags laterais para motorista e passageiro.

  • O recurso refletivo passa a acompanhar a linha da coluna C, prolongando o desenho das novas lanternas
  • Painel com iluminação alaranjada nas versões mais em conta (à esq.) e tela de 5

Nas duas primeiras gerações o Honda Fit tinha no visual simpático um dos seus principais atributos de compra. A terceira geração abandonou essa imagem para se vestir com linhas mais agressivas. Salvo o emblema na grade frontal e a carroceria maior que mescla contornos de minivan e hatch, nada mais sobrou do antecessor na aparência. O carro ganhou um desenho que o rejuvenesceu alguns anos e ainda adicionou um ar esportivo.

A novidade começa a ser vendida a partir desta segunda-feira (5), com preços que variam de R$ 49.900 e R$ 65.900, nas versões DX, LX, EX e a topo de linha EXL. Destaque para a troca do motor 1.4 flex, de 101 cv, pelo 1.5 flex, de 116 cv, e do resgate do câmbio CVT.

O novo Fit traz na linha de cintura um vinco na altura das maçanetas que se estende por toda a lateral. Os faróis estão esguios e formam um conjunto harmonioso com a grade em ‘V’, que exibe uma seção interna cromada.

O para-choque dianteiro está mais robusto e traz nichos maiores para as luzes de neblina (versão EXL). Aliás, a terceira geração do Fit inaugura a nova identidade visual da Honda, que passará a ser adotada pelas próximas novidades da marca.

A parte de trás também foi remodelada. Destaque para a adição de refletivos na linha da coluna C que prolonga o novo desenho das lanternas. O para-choque adiciona dois defletores de ar e o aerofólio incorpora o break light. O visual se completa com a adoção de novas rodas de liga leve de 15" e de 16", exceto para a versão DX, que são de aço.

Interior

A revolução visual do novo Fit não se estendeu para o interior. Apesar de ter sido redesenhado, o painel de instrumentos traz mostradores analógicos e circulares pouco atraentes e com iluminação alaranjada nas configurações DX, LX e EX. O acabamento também é simples e o nível de equipamentos deixa a desejar considerando os valores do veículo. Na versão de entrada DX, por R$ 49.900, não há nem rádio, apenas o cabeamento.

A versão LX, que será o carro chefe das vendas, oferece o rádio com bluetooth e entrada USB, rodas de liga leve com pneus mais largos e retrovisores na cor do veículo. A tabela, neste caso, sobe para R$ 54.200.

Quem busca sofisticação e mais itens de série terá de recorrer à versão EXL, por R$ 65.900. Nela, os mostradores são azuis e as informações do computador de bordo, ausente nas demais versões, são exibidas em um visor digital. Há ainda uma luz (‘ECO’) ao lado do velocímetro que varia entre as cores verde e azul indicando se o modo de condução está gastando mais ou menos combustível.

No entanto, por este preço é sentida a ausência de um ar-condicionado digital, do ajuste de profundidade do volante, do sensores de chuva e de iluminação e até da luz de cortesia no para-sol.

Sensor de estacionamento, só como opcional. Contudo, a versão mais cara traz câmera de estacionamento com três ângulos de visão, cuja imagem é projetada numa tela sensível ao toque de 5", que facilita bastante na horas da manobras.

A justificativa para um pacote de série mais enxuto estaria na tabela de preços para a nova geração do carro: os valores são, praticamente, os mesmos da linha anterior.

A meta da fabricante é emplacar 50 mil de unidades no primeiro ano de vida do veículo, o que daria uma média mensal de 4,1 mil exemplares, um pouco acima dos 3,3 mil/mês praticados pela geração anterior em 2013.

Principais diferenças

•   Os faróis ficaram esguios e ganharam novo recorte interno

•   A grade tipo colmeia deu lugar a elementos em ‘V’ e seção interna cromada.

•   Para-choques com novo desenho, mais musculoso e com imensos nichos para as luzes de neblina.

•   Linha de cintura traz vinco mais marcante que se estende pela lateral.

•   Refletivo sai da base do para-choque e agora acompanha a linha da coluna traseira, como um prolongamento das novas lanternas.

•   As lanternas perderam o dispositivo duplo das luzes de direção e ré e estão mais verticais.

•   Para-choque ganhou difusores de ar nas extremidades.

•   O aerofólio incorpora o break light, antes posicionado no alto do vidro.

•   O projeto mais esportivo deve atrair novos consumidores, que antes achavam o Fit apenas ‘engraçadinho’.

•   Bom casamento do motor 1.5 com o novo câmbio CVT. O Fit ficou mais ágil, principalmente em baixas rotações. Basta uma pisada mais vigorosa no pedal da direita para o velocímetro progredir com rapidez.

•   Segundo a marca, o consumo melhorou 17% com relação à versão anterior.

•   O espaço interno que já era bom, ficou ainda melhor. A nova plataforma acrescentou 3 cm na distância entre-eixos, 9,7 cm no comprimento da carroceria e ampliou a área livre para pernas e ombros.

•   Preços salgados considerando o nível de equipamentos disponíveis. Mesmo no topo de linha ELX, por R$ 65.900, não há ar digital, nem ajuste de profundidade do volante, nem acendimento automático dos faróis e sequer disco nas rodas traseiras.

•   As versões DX, LX e EX têm quadro de instrumentos e volante simples. Faltou capricho no acabamento.

•   Apesar da montagem correta e da boa qualidade dos materiais na cabine, a presença do plástico rígido é extensa.

•   A luz alaranjada para o painel presente das versões DX e LX dificulta a visualização em dias ensolarados.

O jornalista viajou a convite da Honda

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