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São Paulo – Da versão anterior, só conservou o nome. Ou melhor, nem isso, já que a Honda batizou a 8.ª geração do sedã de "New Civic". O novo, aliás, é visível de um pára-choques ao outro e do painel ao porta-malas. Tanto a carroceria quanto o design interno romperam conceitos tradicionais comuns à indústria automotiva japonesa.

Com desenho inesperado e um eficiente conjunto mecânico, causará ao cliente um impacto maior que aquele provocado na passagem da sexta para a sétima geração do carro, em 2001. Aliás, a impressão que tem ao se deparar com a versão 2007 do Civic é de que não restará muita coisa do antecessor para sentir saudade.

A começar pela aposentadoria das linhas conservadoras notada, logo de cara, no pára-brisa mais inclinado (a superfície visual cresceu 17%), que avançou 25,9 cm sobre o compartimento do motor. A mudança resulta numa menor resistência aerodinâmica (leia-se mais velocidade, principalmente, nas retomadas) e maior espaço para os ocupantes. A dianteira recebeu um novo e mais bonito desenho e a traseira também foi retocada, porém com menos arrojo – destaque para as lanternas que invadem as laterais. Até a logomarca "Civic" passou por uma reestilização, ganhando aspecto mais apropriado ao modelo atual.

As alterações na cabine acompanham a modernidade vista por fora. A mudança mais profunda está no inédito painel de instrumentos bipartido, formado por dois níveis de visualização digital à frente do motorista. Numa posição elevada, próximo à base do pára-brisa, situa-se o painel contendo as funções primárias como velocímetro, que traz números grandes, facilitando a leitura, e medidores de combustível e temperatura do motor. No campo inferior estão conta-giros, hodômetro, os avisos luminosos e, no caso da versão EXS, indicador de temperatura externa.

"A Honda estudou o movimento dos olhos para chegar ao painel de dois níveis. Ele oferece condições ideais de visibilidade para que o motorista interprete os dados com mais rapidez e sem desviar a atenção da pista", destacou Alexandre Curi, diretor de pós-venda da Honda.

No volante de três raios, revestido em couro, é possível encontrar um conjunto de recursos que realça o estilo esportivo do Civic. O diâmetro, por exemplo, foi reduzido de 40 cm para 36 cm, possibilitando uma melhor empunhadura e reações rápidas nas manobras. A versão EXS traz comandos de sistemas de áudio e do piloto automático, além das trocas seqüenciais de marchas (paddle shift ou borboletas), mecanismo inédito em carros nacionais.

Toda essa inovação obrigatoriamente teria que vir acompanhada de um novo motor. E assim a Honda o fez. Manteve os econômicos 4 cilindros, mas aumentou o fôlego do propulsor de 1.8 litro em 10 cavalos, pulando para 140 cv a 6.300 rpm, com 17,7 kgf.m de torque a 4.300 rpm. Houve também uma evolução do sistema VTEC, que agora passa a se chamar i-VTEC. Esse sistema varia tempo e levantamento das válvulas de admissão de forma a otimizar consumo e desempenho.

O carro também cresceu 2 cm no comprimento (4,48 metros) e 8 cm no entreeixos (2,70 metros). O assoalho traseiro plano, já existente no modelo atual, abre espaço para as pernas de quem vai atrás – mas não espere que três pessoas fiquem confortáveis.

Com esse pacote de novidades, a Honda espera travar uma briga acirrada pela liderança do segmento de sedãs médios nacionais com o Chevrolet Vectra, o Toyota Corolla e Renault Mégane. "Nossa projeção de vendas do New Civic para 2006 é de 23 mil unidades, do total de 67.590 entre todos os modelos da marca (Fit, Civic 7.ª geração e Accord)", completa Alexandre Curi.

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