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Márlon Durigan executa o serviço no local em que o cliente estiver e não leva mais do que um dia para recuperar a lataria de um veículo | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Márlon Durigan executa o serviço no local em que o cliente estiver e não leva mais do que um dia para recuperar a lataria de um veículo| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Cuidados

Veja algumas dicas para evitar riscos e amassados na lataria do seu carro.

Granizo: Durante a chuva de granizo, procure um local para abrigar o veículo.

Capô: Evite pressionar o capô para fechar. Apenas solte de uma altura de um palmo e meio.

Árvores: Não pare o carro embaixo de árvores frutíferas.

Empurrão: Não empurre a porta com o corpo.

Estacionamentos: Em estacionamentos coletivos, procure estacionar perto de colunas ou paredes para evitar o contato com outros veículos.

Distância: Ao estacionar, pare a uma distância mínima de meio metro dos outros carros.

Um empurrãozinho da porta com o corpo, um jeitinho de­­­sajeitado de fechar o capô ou aquela esbarrada da porta de outro veículo nos estacionamentos e a lataria do seu carro ganha uns amassados indesejáveis. Isso sem falar das imprevisíveis chuvas de granizo. Nessas horas, o melhor a fazer é procurar os famosos martelinhos de ouro. Os profissionais – que podem ser considerados artistas – recuperam a lataria sem precisar pintar o veículo.

Uma das empresas mais conhecidas no mercado e que usa essa técnica é a Sato, que tem 20 lojas no Para­ná e em Santa Catarina, sendo 11 em Curitiba. O fato de não ser necessário fa­­zer a pintura torna o reparo mais ba­­rato para o motorista. Paulo Mo­­ri­­ta Nocko, sócio-proprietário de uma das lojas Sato, diz que o conserto de um pequeno amassado, que eles chamam de "ovinho", custa R$ 80. Já no caso de um carro atingido por uma chuva de granizo o dono te­­rá de desembolsar cerca de R$ 2 mil.

Outra característica do trabalho do martelinho de ouro é a rapidez na execução do serviço. Em uma hora dá para recuperar um amassado de 3 a 10 centímetros, afirma Nocko. Já no caso de uma chuva de granizo, ele pede três dias para entregar o veículo.

A possibilidade de executar o serviço com rapidez e a exigência de poucas ferramentas faz com que os profissionais ofereçam seu trabalho de forma diferenciada. É o caso de Már­­lon Durigan, da Master Ham­mer, que vai até o cliente para fazer os reparos. Ele atende motoristas que estão a uma distância de até 200 quilômetros.

Segundo Durigan, muitos motoristas ainda desconhecem o trabalho do martelinho de ouro e acabam levando seus veículos em oficinas de funilaria e pintura, mesmo quando não é necessário. "Nosso custo pode ser até 50% menor", afirma. "O reparo de três amassados pequenos na porta, por exemplo, sai por R$ 30 a R$ 40". No caso de uma chuva de granizo, diz Durigan, o preço varia de R$ 500 a R$ 700 se for um carro hatch. Já no caso de um sedã, o custo supera R$ 1 mil.

E o tempo para conclusão do serviço não é superior a um dia, garante ele: "Se forem pequenos amassados, faço em meio dia. Mas se for uma chuva de granizo, aí vai um dia inteiro de trabalho".

Granizo

Mauri Glir Júnior, diretor da Tri­lha Eurocar, afirma que o Paraná tem hoje os melhores martelinhos de ouro do país. Tanto que 50% dos 70 profissionais que a empresa costuma contratar para a execução dos serviços são paranaenses. Os outros estão em São Paulo, no Rio de Janei­ro, na Bahia e em Santa Catarina.

A Eurocar não atua no varejo. Atende apenas pátios de montadoras e de distribuição de veículos em toda a América do Sul. A empresa é especializada na reparação de veículos amassados por chuva de granizo. São 15 anos no mercado e dez oferecendo o serviço de martelinho de ouro. Nesse período já foram recuperados mais de 53 mil veículos.

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