Análise
Um ano incerto para a venda de caminhões
O ano de 2014 é atípico para o segmento de caminhões. É difícil fazer uma previsão do volume de vendas, mas projetamos mantê-las acima da média histórica. Nos anos 1990, o Brasil vendeu 44 mil caminhões. Já na década de 2000, a média subiu para 78 mil e no ano passado as vendas foram de 150 mil unidades. Em 2014, nós pretendemos repetir esse nível. E no futuro, as perspectivas são melhores. Os setores do agronegócio, da construção civil e do comércio estão em crescimento, e eles precisam de caminhões. Por isso, nós apostamos em um aumento na média de vendas para 200 mil unidades até 2020. Acreditamos que isso é possível se os projetos de infraestrutura saírem do papel e se houver também uma renovação na frota. Estamos conversando com o governo federal para fazer isso acontecer. O salto no setor é importante para o desenvolvimento do país.
Phillip Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para a América Latina
Para manter-se no topo das vendas de caminhões no Brasil, a Mercedes-Benz anunciou esta semana pelo menos 40 novidades para três modelos conhecidos da marca: os extrapesados Actros e Axor e o semipesado Atego. Com base no conceito Econfort, que tem como pilares o conforto do motorista, a economia e a força dos veículos, a montadora luta para abocanhar pelo segundo ano seguido a maior fatia do mercado nacional. Em 2013, a montadora respondeu por 25,86% das vendas de caminhões, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
O presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para a América Latina, Phillip Schiemer, afirmou que de 2014 a 2015 a fabricante planeja investir mais de R$ 300 milhões apenas em novas tecnologias. O pacote faz parte do plano de aporte de R$ 1 bilhão previsto para o mesmo período.
E não foi por acaso que a empresa apostou nos segmentos de extrapesados e semipesados. Segundo a montadora, enquanto o primeiro usado principalmente para o agronegócio, que tem apresentado resultados positivos na economia representa pelo menos 40% das vendas de caminhões no país, o segundo que é preferência entre os atacadistas tem participação de cerca de 30% do mercado.
Conforto e segurança
Uma das características que mais chamam a atenção nas três linhas é o conforto. Os modelos receberam novos sistemas de regulagem vertical e horizontal nos bancos, que além de torná-los mais cômodos para longas viagens, dão mais segurança para os motoristas ao aumentar a absorção dos impactos. Conforme a Mercedes-Benz, os caminhões tiveram o espaço das cabines e dos pisos ampliados. E há ainda a opção de veículos com camas king size.
Já o sistema Fleetboard, que faz o mapeamento do itinerário e o controle de desempenho dos veículos, foi renovado e ganhou uma nova geração. As informações da central agora estão disponíveis apenas aos frotistas, que podem acompanhá-las por aplicativos para o iPad e iPhone. A atualização do sistema vem de fábrica apenas para os modelos Actros e Axor. Em julho, a novidade chegará à linha Atego.
Ainda no quesito segurança, a empresa oferece nos caminhões Actros o assistente de frenagem Top Brake. De acordo com a fabricante, a tecnologia, aliada aos freios ABS e aos sistemas de distribuição de frenagem ASR e EBD, proporcionam respostas 20% mais rápidas. Na prática, o dispositivo possibilita ao motorista controlar o veículo facilmente pela redução das marchas, sem a necessidade de acionar os freios.
Câmbios e economia
As três linhas são equipadas com câmbios automatizados Powershift, que fazem trocas rápidas de velocidade e mantêm a segurança no volante. O sistema oferece as opções Power, para troca de marchas em rotações mais altas, subidas e ultrapassagens; EcoRoll, que mantém a transmissão em neutro; e Manobra, para manobras e movimentações nos pátios.
De acordo com a montadora, por não ter anéis sincronizadores, as engrenagens são mais largas e reforçadas, o que reduz o número de manutenções. Outro aprimoramento introduzido nos modelos foi os eixos traseiros sem redução nos cubos. A Mercedes-Benz afirma que com a novidade o espaço de tempo para a troca de óleo da linha Axor foi ampliado de 120 mil km para 180 mil km.
O jornalista viajou a convite de Mercedes-Benz.
-
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
-
Julgamento de Moro no TSE pode fixar limites para gastos na pré-campanha
-
Ao demitir Prates, Lula se proclama o dono da Petrobras
-
Governo tentou manter “saidinhas” de presos em troca de não criar novo crime de “fake news”
Com gestão acolhedora das equipes, JBA se consolida entre maiores imobiliárias da capital
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
Governo eleva projeção para o PIB, mas não põe na conta os estragos no Rio Grande do Sul
Movimentação de cargas cai pela metade e derruba arrecadação do Rio Grande do Sul
Deixe sua opinião