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Rogério e Silvia passam até dez meses por ano viajando. Há 11 anos eles organizam expedições que duram até 26 dias | Fotos: André Rodrigues/ Gazeta do Povo
Rogério e Silvia passam até dez meses por ano viajando. Há 11 anos eles organizam expedições que duram até 26 dias| Foto: Fotos: André Rodrigues/ Gazeta do Povo

O quintal de Silvia Elena Guadagnin vai até onde os olhos não alcançam. São 11 anos de estrada ao lado do marido, Rogério Luiz Guadagnin, comandando as expedições da Nomade, especializada em roteiros off-road. Eles rodam até 100 mil quilômetros por ano. A Nomade promove expedições no Brasil e para o Peru, Chile, Argentina e Uruguai. As viagens mais longas, de 26 dias, são para o Ushuaia (Argentina) e para Machu Picchu (Peru). A mais procurada é para o deserto do Atacama (Chile). Depois de tanto tempo na estrada, Silvia dá dicas preciosas para quem quer encarar a aventura.

Documentos

Para viajar com a Nomade é preciso ter um modelo 4x4. Veículos com tração nas quatro rodas são necessários, por exemplo, em trechos com neve. Silvia lembra que os clientes devem liberar o cartão de crédito para uso no exterior e também o telefone celular. Toda a logística fica por conta da Nomade, que sempre tem um plano B. "Já precisamos fazer um desvio de 1.400 quilômetros e, mesmo assim, voltamos na data prevista", lembra Silvia. Todos os viajantes precisam de passaporte ou carteira de identidade emitida há menos de cinco anos; comprovante de vacinação contra a febre amarela; o motorista precisa da habilitação internacional; e o veículo tem de ter a Carta Verde, seguro de responsabilidade civil que protege terceiros afetados por acidente de trânsito. A Nomade faz o seguro de vida para o grupo.

Bagagem

Aqui está o grande desafio: mala pequena, orienta Silvia. Ela consegue ficar fora de casa 12 dias com uma mala (e não é grande), uma nécessaire (que fica montada o ano todo) e uma bolsa para levar algumas peças quando chega ao hotel, sem necessidade de descer com toda a bagagem. Ela sugere: quatro calças, quatro bermudas, quatro camisetas, duas blusinhas, duas básicas de manga longa, uma jaqueta, um gorro, um chapéu, luva, cachecol, um vestido, quatro meias, quatro roupas íntimas, roupa de banho, uma bota, um tênis, uma sapatilha, um chinelo bonito, que pode ser usado para o banho e também com o vestido. Quer dar uma produzida no visual? Colar ou echarpe. E pode repetir roupa, sem culpa.

Crianças

A presença de crianças nas expedições da Nomade é constante, conta Silvia. Para elas, há algumas dicas específicas. Se estiverem com o pai e a mãe, basta levar a certidão de nascimento e o passaporte. Se estiverem só com o pai, só com a mãe ou com avós, por exemplo, é preciso levar uma autorização específica. Tem de ir a um cartório e preparar esse documento que deve incluir foto da criança, assinatura dos pais, especificação do destino e duração da viagem. Silvia diz que o ideal é fazer uma autorização para cada país. Para o trajeto é importante ter no carro algo que distraia as crianças (DVDs, livros), barras de cereais, frutas secas e até um macarrão instantâneo.

Na estrada

Quando é feita a inscrição para a viagem a pessoa já deve informar se usa algum medicamento e se precisa de alimentação especial. Silvia leva oxigênio, medicamento para combater os efeitos da altitude, kit de primeiros socorros e avisa que tem de tomar água (de golinho em golinho porque hidrata e não dá vontade de ir ao banheiro) e hidratar a pele. Os veículos – normalmente dez – se comunicam por rádio. São feitas paradas programadas e sempre que houver necessidade. Silvia e Rogério indicam os melhores lugares para compras. Ela sempre traz um prato de parede para a sua coleção. No hotel, em lugares de baixa umidade, ela indica que seja colocada uma toalha molhada na cabeceira da cama. Outra opção é usar o lixinho do banheiro para encher com água e deixar no quarto durante a noite.

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