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Plug-in

É o termo utilizado para denominar o modelo 100% elétrico ou híbrido (motor elétrico acompanhado de outro a combustão) que pode ser recarregado em uma tomada doméstica ou em postos de recarga, comuns pela ruas da Europa e EUA. Além da alimentação via rede elétrica, os carros verdes também têm a possibilidade de recarregar o pacote de baterias de íon-lítio por meio de frenagens regenerativas.

A indústria automotiva definitivamente quer deixar de ser a vilã do meio ambiente e investe cada vez mais em veículos elétricos ou híbridos. No Salão Internacional de Frankfurt, encerrado no domingo passado, os modelos movidos a energia limpa roubaram a cena. Ao contrário de exposições anteriores, nas quais eles eram apenas alternativas futuras para um mundo mais sustentável, desta vez os carros verdes estavam na linha de frente entre os lançamentos que ganharão as ruas a partir deste ano. De modelos compactos a esportivos luxuosos, a regra era mostrar que a revolução silenciosa chegou.

O BMW i3 liderou o movimento elétrico em Frankfurt. O subcompacto fez sua estreia mundial agora como produto de série. Em novembro estará à venda na Europa por 35 mil euros (cerca de R$ 105 mil) e em 2014 também no mercado brasileiro, não por menos de R$ 115 mil. Em regime urbano, ele pode rodar até 160 quilômetros. Sua recarga, em uma tomada convencional, demora em média 6 horas, mas as baterias também são realimentadas com o carro em movimento durante as frenagens. Sua velocidade máxima é limitada em 150 km/h.

Para a ala "esportiva verde", a BMW oferece o irmão maior i8, com motorização híbrida. O modelo tem o mesmo propulsor elétrico do i3, com 170 cv, e um bloco 1.5 turbodiesel com mais 220 cv – o torque total é de 44,5 kgfm. Ele chega aos 100 km/h em apenas 4,4 segundos e sua velocidade máxima é cortada a 250 km/h. O que impressiona é o consumo de diesel: 35 km/l em média, segundo testes da BMW. Ele pode viajar até 37 quilômetros apenas com eletricidade e 500 quilômetros com o uso dos dois tipos de motor. O modelo será vendido no Brasil a partir de 2015.

A Volkswagen apresentou o e-Up!, o primeiro carro puramente elétrico da marca, e ainda colocou seu modelo de maior sucesso na tomada, adotando também a nomenclatura "e" para o Golf. O pequeno e-Up! é equipado com motor elétrico de 82 cv e 21,3 kgfm de torque – força equivalente a propulsores 1.8. Ele pode atingir 135 km/h e uma autonomia de 150 quilômetros. E em apenas meia hora é possível fazer a recarga de 80% da bateria. Na Alemanha, ele começa a ser vendido por 26.900 euros (R$ 80 mil). Já o e-Golf desenvolve 115 cv (27,7 kgfm) e 138 km/h de máxima. A recarga das baterias é feita em cinco horas em uma tomada convencional e garante autonomia de 190 quilômetros. O modelo será vendido a partir de 2014 na Europa, com preço inicial de 40 mil euros (R$ 125 mil). Nos EUA, ele chega em 2015.

A VW planeja ter 14 modelos elétricos e híbridos até 2014 e assumir a liderança no segmento de mobilidade em 2018. Para tanto, contará com ajuda das outras marcas que compõem o grupo, como Audi e Porsche. "Nós estamos começando no momento certo. Estamos tornando elétricos veículos de todas as classes e, portanto, temos tudo para levar a Volkswagen ao topo das fabricantes em todos os aspectos, incluindo mobilidade elétrica", disse Martin Winterkon, CEO da VW, durante o salão.

A Audi, por exemplo, expôs a versão híbrida do A3, que atende pelo sobrenome de "e-tron". Ainda um protótipo, mas prestes a ganhar a linha de produção, o modelo une desempenho e eficiência no consumo. Equipado com dois motores, um 1.4 TFSI Turbo, de 150 cv, e um elétrico, com mais 102 cv – total de 202 cv e 35,6 kgfm –, ele percorre 100 quilômetros com impressionante 1,5 litro de combustível. Somente com o bloco movido a energia limpa, ele atinge 130 km/h e autonomia de 50 km.

A Porsche, por sua vez, mostrou o Panamera S E-Hybrid e seus 416 de cavalaria combinada entre o motor a combustão V6 de 333 cv e o elétrico de 95 cv. O modelo é pioneiro na tecnologia híbrido plug-in­ (também recarregável na tomada) dentro do segmento de carros de luxo. Faz 32 km/l e emite 71 g/km de CO2 – o Fiat Mille, por exemplo, expele 95 g/km, quando abastecido com gasolina.

Nesta lista de luxuosos que se renderam ao "selo verde" ainda está o Mercedes-Benz S 500 Plug-in Hybrid, de 441 cv (bloco 3.0 V6, de 333 cv, e elétrico, de 108 cv) e 33,3 km/l de consumo médio.

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