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Cocaína estava enterrada em três tonéis num matagal | Divulgação PF
Cocaína estava enterrada em três tonéis num matagal| Foto: Divulgação PF

Portáteis localizam ruas e oferecem funções multimídias

De olho numa frota de 22 milhões de veículos, várias empresas rechearam o mercado com modelos de navegadores digitais portáteis. Tratam-se de aparelhos discretos, de fácil instalação – basta grudar o suporte no pára-brisa ou acima do painel – e com opções intuitivas. Atualmente são vendidos em vários prestações por meio de televendas, lojas de varejo, concessionárias e via internet. O preço ainda é alto, cerca de R$ 2 mil, mas a concorrência entre os fabricantes faz melhorar a relação custo-benefício.

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Quem já teve oportunidade de dirigir um carro por ruas e estradas na Europa e nos Estados Unidos não deve ter encontrado dificuldades para chegar ao destino. Provavelmente, estes motoristas contavam com o auxílio de um sistema de navegação, que indica o trajeto a ser seguido. O equipamento, que funciona via GPS (Sistema de Posicionamento Global), virou uma febre em países desenvolvidos.

No Brasil, a tecnologia está disponível no mercado há pouco mais de um ano, porém somente na semana passada ganhou um empurrão para se "popularizar" no país. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) autorizou, por meio da resolução 242, o uso de aparelhos que utilizam mapas para localização, antes proibido pela resolução 190, de fevereiro de 2006. A nova legislação prevê inclusive a possibilidade de instalá-los de forma permanente no painel.

Pela norma anterior, assim que o veículo entrasse em movimento o sistema era obrigado a converter automaticamente a imagem do mapa em símbolos e/ou áudio para a orientação do trajeto. Tal restrição, se não era acatada por muitas empresas que vendem navegadores, inibia as montadoras de incorporarem o acessório nos veículos comercializados por aqui. "Com a abertura, é provável que até o fim do ano a navegação por satélite esteja disponível de série nos modelos top de linha de algumas marcas, especialmente nos importados", afirma Ricardo Rocha, gerente de vendas de sistemas eletrônicos da Magneti Marelli.

Ele revela que nos últimos seis meses houve um trabalho conjunto entre fabricantes do produto e gigantes automotivas para a liberação do uso do mapa. "Já recebi telefonemas de montadoras dispostas a incluir o produto em seus carros", afirma. A Magneti Marelli é uma das maiores fornecedoras de sistema de navegação no mundo, equipando de série modelos de marcas como Citroën, Fiat e Peugeot. A empresa italiana, inclusive, já adaptou o Smart Router, usado na Europa, para traçar rotas no mercado nacional. Um Fiat Stilo e um Peugeot 307 foram as "cobaias" em solo brasileiro.

Para Alexandre Didoné, gerente de produtos da Delphi, a nova resolução será um divisor de águas no mercado. Na visão dele, apesar dos inúmeros modelos portáteis já disponíveis, é um segmento que tem muito a crescer. "A utilidade da navegação é indiscutível, ainda mais no trânsito dos grandes centros. É igual a celular, se você começa a usar não volta mais para o telefone público", compara.

O GPS embutido no carro tem quase o dobro do custo dos portáteis porque os fabricantes de automóveis precisam garantir seu funcionamento em condições adversas de utilização e fazer adaptações em painéis e consoles. No entanto, Didoné não acredita que isso será obstáculo para que os dois formatos caminhem juntos na busca por clientes.

Segundo ele, o item de série trará maior visibilidade para o equipamento portátil, principalmente entre os proprietários de carros médios e populares. Já o sistema à bordo deverá atrair o cliente do veículo mais luxuoso por ser mais completo. "O de série pode integrar toda parte de entretenimento e segurança do carro, como display do rádio, viva voz e traçar trajetos alternativos por comando de voz. Além disso, vem com sensores que evitam a interrupção do serviço mesmo que haja perda do sinal de satélite. Caso o condutor entre numa rua errada, por exemplo, ele é informado do erro e o computador indica uma nova opção", destaca o diretor da Delphi, empresa responsável por equipar modelos da GM e da BMW.

Apesar de liberar o uso de imagem, a nova resolução do Contran manterá a proibição quanto aos dispositivos de entretenimento, como DVDs, instalados na parte da frente do veículo.

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