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Na hora de comprar peças para o carro, qual a melhor escolha: ir ao concessionário autorizado ou recorrer à loja independente?

A idéia que se tem é que no primeiro caso o custo é bem maior, o que nem sempre é verdade, conforme mostra um levantamento de preços feito pela Gazeta do Povo no mercado de Curitiba, tomando como base carros ano/modelo 2006.

Diante da enorme competitividade do setor paralelo, os estabelecimentos das marcas estão reduzindo o valor de alguns produtos para atrair a clientela e manter a sua fidelidade. Os concessionários também têm na ponta da língua a razão pela qual ainda há itens originais com diferença de custo considerável se comparados às lojas independentes.

Um produto cujo preço médio praticamente se equivale nos dois mercados, dependendo do modelo e marca do carro, é a bateria. A do Ford Ka custa, em média, R$ 150 na rede de concessionárias da montadora. No estabelecimento paralelo, ela sai por R$ 146. O preço do filtro de combustível do Ford Fiesta chega a ser mais em conta na revenda oficial, custando cerca de R$ 11,50, enquanto que no concorrente paralelo o valor médio é de R$ 11,70.

Outro componente que pode levar vantagem na concessionária é os amortecedores. Os do Palio são vendidos por R$ 540 o jogo (traseiro e dianteiro) nas lojas independente, caindo para R$ 450 em algumas concessionárias da Fiat.

Mesmo oferecendo alguns produtos até mais baratos do que o setor paralelo, as concessionárias ainda mantém a maioria da peças com preços acima dos valores observados no mercado concorrente. As calotas são bons exemplos. Em todas as marcas de carro pesquisadas, elas custam em média três vezes mais nas autorizadas. As do Fox, por exemplo, saem por R$ 30,70 a unidade, contra R$ 8 no paralelo. Já o filtro de ar no Celta é vendido por R$ 18 na rede Chevrolet e por R$ 9 na independente.

Roberto Caldera Filho, supervisor de vendas da Servopa, concessionária Volkswagen, explica que o custo é maior por se tratar de peças originais, o que garante melhor qualidade e originalidade ao veículo. "Os itens do mercado paralelo não seguem um padrão de fábrica e podem até apresentar defeito. Fazendo troca na autorizada, o consumidor conta com profissionais treinados e equipamentos especializados para aquele tipo de serviço", observa o funcionário, para em seguida completar: "Nossas peças são desenvolvidas seguindo a exigência da montadora, principalmente em itens de segurança como pastilha de freio e amortecedores. São submetidos a rigorosos testes, o que não ocorre no setor paralelo."

Por sua vez, Paulo Rogério Hembecker, do televendas da Berko Auto Peças, no Hauer, rebate dizendo que há lojas que oferecem só produtos de primeira linha, inclusive dos mesmos fornecedores das montadoras. "Geralmente o carro sai da fábrica respaldado por um contrato entre fabricante de peças e montadora, no qual impede o fornecer de repassar peças originais para o mercado paralelo por um período que pode chegar a três anos. Mais isso depende da peça. A Monroe, por exemplo, cujos amortecedores equipam o VW Gol, nos fornece o par traseiro assim que um novo modelo é lançado", ressalta Hembecker.

Ele salienta que a Berko preza pela qualidade de seus produtos, disponibilizando componentes originais das montadoras como bateria Moura, filtro de combustível ACDelco e filtro de ar Frahm. "Temos excelência no serviço. Tanto que nosso auto center possui 90% dos mecânicos qualificados com a certificação ASE (uma espécie de atestado, criado nos Estados Unidos, que garante capacidade técnica e qualidade e segurança da mão-de-obra)", conclui.

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