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Quais foram os veículos mais importantes que surgiram entre 2001 e 2010? Certamente cada motorista tem uma lista, com preferência para este ou aquele modelo.

O caderno Automóveis, Motos & Cia também tem a sua. E como critério para apontar os "dez mais", considerou a influência do lançamento do carro no mercado nacional, seja em volume de vendas ou nos atributos de imagem e tecnologia. Em 10 anos o número de emplacamentos no Brasil dobrou, passando de 1.506.170 para 3.329.170. Se lá atrás os grandes fabricantes pouco se preocupavam em colocar o mercado brasileiro na rota dos principais lançamentos mundiais, hoje eles o vêem como um destino prioritário, afinal o país assumiu o posto de quarto maior mercado do planeta:

2001 Fiat Palio – Com o projeto assinado pelo italiano Giorgetto Giugiaro, considerado o Designer Automotivo do Século, o Palio entrou na segunda geração reestilizado na traseira, dianteira e interior A novidade no compacto da Fiat foi também os novos motores 1.0 8V Fire de 55 cv e o 1.0 16V de 70 cv. Na primeira metade da década revezou com o GM Corsa no posto de segundo veículo mais vendido no país, até se isolar na briga com o líder VW de 2006 a 2009. No ano passado caiu para quarto, ultrapassado por Fiat Uno/Mille e GM Celta.

2002 Fiat Stilo – O principal lançamento da Fiat no ano em que a seleção brasileira sagrava-se pentacampeã de futebol foi o Stilo. O hatch médio chegou com um pacote de equipamentos de causar inveja a muito sedã de luxo. De série trazia ar-condicionado, freios ABS, controle eletrônico de tração e seis air bags. Oferecia as versões 1.8 8V, 1.8 16V e Abarth 2.4 de 167 cv. Em 2008, ganhou retoques no exterior e se tornou o primeiro carro nacional a adotar o câmbio Dualogic. Em 2010, foram produzidas as últimas 4 mil unidades no país, substituído pelo novo Bravo.

2003 Ford EcoSport – O jipinho da Ford agradou em cheio um público que queria um carro com um ar aventureiro mas sem ter de pagar um alto preço. Era oferecido em três versões: a de entrada com motor 1.0 8V Supercharger de 95 cv, o 1.6 e o top de linha 2.0 16V Duratec de 143 cv. Em 2005 surge a versão limitada Freestyle, com visual mais aventureiro. Fez tanto sucesso que virou modelo de série em 2008. Foram duas reestilizações, 2008 e 2010, sendo que a última apresentou nova grade dianteira e também o nome "Ecosport" em letras espaçadas no capô.

2004 Peugeot 307 – A grande estreia do ano foi a vinda do hatch médio da fábrica francesa na Argentina. Bem equipado, tinha baixa depreciação em relação aos concorrentes Astra, Golf, Focus e Stilo. Em produção até hoje, é um daqueles carros que atingiram a maturidade no mercado brasileiro, recebendo todos os aprimoramentos e equipamentos possíveis. Prestes a ser substituído pela linha 308, ainda ostenta um visual contemporâneo, bom pacote tecnológico e atinge o seu melhor custo/benefício, com os preços atraentes típicos de um modelo em fim de carreira (a partir de R$ 49.900).

2005 Ford Fiesta Sedan – O modelo existe desde 1996, mas apenas em 2005 o Brasil ganhou sua versão 100% nacional. Antes disso, o projeto vinha do México. Com traseira inspirada no Mondeo, o Fiesta ajudou a Ford a aumentar as vendas em 2005 – a família fechou o ano na sexta posição entre modelos mais emplacados no país. O Fiesta Sedan vinha equipado com motores 1.0 e 1.6. Passou por pequenas alterações visuais em 2007 e 2010. Hoje convive com o seu irmão maior, o New Fiesta, mais caro e produzido no México.

2006 Honda Civic – No ano de lançamento do Playstation 3 e Nitendo Wii, surge a nova geração do Civic, com seu painel de instrumentos high tech em dois níveis, no melhor estilo avião. Logo entraria para a lista dos fenômenos de venda pós-lançamento. Em 2007, o modelo desbancou o Toyota Corolla da liderança, com quase 5 mil unidades/mês vendidas. Permaneceu no topo em 2008 até perder a posição no fim de 2009 para a nova geração do rival japonês. O sedã utiliza motor 1.8 16V de 140 cv. Em julho, na fábrica de Sumaré (SP), começa a produção da linha 2012, com alterações visuais.

2007 Renault Sandero – Neste ano, o mundo foi apresentado ao iPhone, da Apple. No setor automotivo, o Salão de Frankfurt mostrou o compacto Sandero, da Renault, para os países emergentes. Tornou-se o primeiro carro da marca francesa a ser totalmente montado no Brasil – em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba –, e o primeiro modelo mundial produzido fora da Europa. Em 2008 veio a versão Stepway, com apliques aventureiros e visual mais encorpado. Ficou com ar mais esportivo nas séries limitadas Vibe (2009)e GT Line (2010). Possui três opções de motor: 1.0 16V, 1.6 8V e 1.6 16V.

2008 Volkswagen Gol – O maior sucesso da indústria automobilística brasileira chegou à quinta geração no ano em que Barack Obama foi eleito o primeiro presidente negro da história dos EUA e que Fidel Castro deixou oficialmente o comando político e das forças armadas cubanas. Com um novo desenho, manteve a missão de permanecer líder de vendas no mercado nacional – há 22 anos seguidos ocupa esse posto. Em 2009,implementou a versão automatizada I-Motion. O modelo é o único carro brasileiro a ultrapassar a marca de 5 milhões de unidades produzidas, superando o VW Fusca.

2009 Hyundai i30 – A Hyundai trouxe o hatch médio i30. Ele era a síntese da evolução da Coreia do Sul na produção de carro. Chegava com um padrão incomum de equipamentos para a categoria (retrovisores externos rebatíveis, rodas de liga leve aro 17, porta-luvas refrigerado, controles de som e computador de bordo no volante, air bag duplo, freios ABS com EBD, entre outros). Chegou com design moderno, motor 2.0 de 143 cv e preço atraente (R$ 54 mil). Não demorou para cair no gosto do brasileiro e tornar um fenômeno de vendas. Entrou 2010 na liderança do segmento para não largar mais.

2010 Fiat Uno – A década fechou com o reaparecimento do carro que talvez seja o que mais simboliza esse período no mercado nacional. Com um desenho inovador, apostando em quadrados "arredondados" e cores exóticas, o Novo Uno rapidamente conquistou o público brasileiro. Só no ano de seu lançamento, foram cinco versões colocadas à venda: desde a de entrada 1.0 até a Sporting 1.4. A resposta do consumidor foi tamanha que por alguns meses de 2010 a diferença nas vendas para o Gol ficou inferior a duas centenas – algo que nenhum outro veículo havia feito na década.

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