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Karlos Roberto Silva e seu Peugeot 307 prata: cor deixa o automóvel bonito, valoriza a carroceria e as linhas ficam muito mais evidentes | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Karlos Roberto Silva e seu Peugeot 307 prata: cor deixa o automóvel bonito, valoriza a carroceria e as linhas ficam muito mais evidentes| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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Confira algumas informações adicionais e curiosidades sobre as cores dos carros:

- Estudos revelam que cores mais escuras, como a preta, retém mais calor que as mais claras, como num carro branco ou prata, por exemplo. Se você deixar um automóvel claro e um modelo escuro no sol, já foi provado cientificamente, por testes, que o preto, por radiação, consegue deixar o veículo muito mais quente. E toda pintura que atrai mais calor danifica com o tempo. Pinturas mais claras sofrem menos;

- Uma pesquisa feita no ano passado pela empresa de seguros britânica Churchil mostrou que as mulheres inglesas consideram a cor prata a mais sexy porque lembra uma vida de glamour. Em segundo lugar vem o carro preto, cor geralmente associada à riqueza e ao conforto. A pintura vermelha é a preferida entre as mulheres de 13 a 19 anos porque a associam a sexo e comportamento selvagem. Já um veículo cinza representa um motorista indeciso e um carro branco, um homem sem atitude.

  • Pintura vermelha esta associada a carros esportivos
  • Veículos brancos são muito procurados por frotistas
  • A cor preta é considerada sofisticada por seus fãs
  • Claudio Martin, com seu filho João Cláudio e o Troller T4 amarelo

Vamos a um rápido exercício. Comece, ignorando os táxis e ônibus (que em muitas cidades têm pintura diferenciada). Em seguida, observe quais cores predominam entre os demais carros que circulam pelas ruas do país. A constatação, com certeza, não será outra: prata é a cor preferida do motorista brasileiro.

Uma pesquisa do fabricante de tintas automotivas Du Pont, inclusive, confirma essa constatação. Em 2008, 31% dos veículos novos vendidos no país saíram na cor prata. Na segunda colocação ficou a preta, com 25%; e a cinza conquistou o terceiro lugar, com 16% de participação. Em Curitiba, segundo informações de concessionárias, o porcentual de motoristas que preferem a cor prata é ainda maior: 50% dos veículos novos comercializados na capital saem das lojas com esse tipo de pintura.

Existem, é claro, várias opções de cores para quem quer fugir da "ditadura" do carro prata, mas é bom a pessoa ficar atenta à lei da oferta e da procura. "A maioria dos consumidores prefere veículos com esse tipo de pintura. Quando fazemos a programação de compra de veículos, já reservamos 50% dos pedidos para modelos prata", salienta Omar Said Nasser, gerente de novos da Fórmula Renault, revenda da marca francesa na capital.

Algumas vantagens da pintura prata ainda explicariam essa hegemonia, revela Antônio Carlos Altheim, diretor comercial da Corujão, concessionária Volkswagen em Curitiba. "Ela disfarça melhor a sujeira em comparação a uma cor escura. Já os pequenos arranhões da lataria são menos visíveis", conta o executivo. Na Corujão, entre 45% e 50% dos modelos vendidos são nessa cor.

E nem o fato da pintura prata (que é metálica) ser mais cara parece fazer o consumidor pensar em outras alternativas, como as cores sólidas (branca ou vermelha, por exemplo), que não têm acréscimo no preço final do automóvel. "Se temos dois carros iguais, com a mesma motorização e acessórios, um modelo prata sai muito mais rápido do que um com outra cor", confirma Ademilson Alano, gerente geral de vendas da Florença Veículos, revenda Fiat. Normalmente, a cor prata encarece o valor do veículo em R$ 1 mil.

Mas três cores conseguem manter um lugar ao sol em meio à quase onipresença prata: preta, vermelha e branca. A primeira tem seu público fiel entre os motoristas que a consideram sofisticada. Por isso, inclusive, ela está muito presente em sedãs e carros importados. A vermelha está associada à esportividade (quem não lembra de uma Ferrari) e, por isso, é muito vendida em cupês e outros bólidos com potência de sobra. Já a branca é a preferida dos frotistas, que muitas vezes precisam aplicar a logomarca de suas empresas.

Revenda

Muitos dos consumidores também se rendem ao carro prata já pensando no futuro. Ou seja, seriam mais fáceis de serem revendidos. E essa vantagem extra não é folclore. "Um automóvel com uma cor muito diferente, como verde cítrica ou amarela, é muito mais difícil de ser comercializada. Uma prata tem maior liquidez", confirma André Luiz Volpi, gerente de seminovos da CCV Veículos. E para desovar esses modelos com pintura mais chamativa não há outra saída: é preciso apelar para um bom desconto, além da desvalorização normal de um carro usado. "Muitas vezes o dono precisa reduzir o preço do veículo em até R$ 2 mil. Se fosse um carro prata, não precisaria deste desconto extra", afirma Lidacir Rigon, proprietário da Rigon Veículos. No caso de um veículo prata, a desvalorização será menor do que se fosse amarelo, e o negócio será mais fácil, já que a procura por essa cor é maior, completa o empresário.

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