Não é só o orçamento do seriado Game of Thrones, queridinho dos brasileiros, que pode ser afetado pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Os amantes dos carros britânicos, como MINI, Jaguar e Land Rover, também devem sentir no bolso os efeitos da decisão histórica tomada na última quinta-feira (23).
Embora atualmente a MINI seja da alemã BMW e a Jaguar e a Land Rover pertençam ao grupo Tata Motors, da Índia, as companhias ainda mantêm fábricas em solo inglês, que têm o Brasil como um dos destinos de exportação dos automóveis.
Mesmo a Land Rover, que acabou de inaugurar uma fábrica em Itatiaia (RJ), de onde saem o modelo de entrada Discovery Sport (a partir de R$ 212,5 mil) e o Range Rover Evoque (R$ 224 mil), continuará a depender de peças importadas. Situação também vivida pela BMW, que faz em Araquari (SC) o Mini Countryman (R$ 146.950) - o catálogo da MINI no Brasil começa na configuração Cooper 2.0, a partir de R$ 124.950.
Após ser divulgado o resultado do plebiscito que escolheu pela saída do Reino Unido da UE, a libra esterlina caiu ao nível mais baixo frente ao dólar nos últimos 30 anos, chegando a US$ 1,329 – um recuo de 12%. Com a desvalorização da moeda, as taxas de importação sobre os carros fabricados na região podem aumentar, com o intuito de se manter a margem de lucro. Isso só deve ocorrer, porém, a médio prazo.
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Por enquanto, as montadoras evitam fazer previsões. Em nota, a BMW comunicou que, apesar de estar claro que o momento é de incertezas, não haverá mudanças imediatas em suas fábricas britânicas.
“Hoje, sabemos que muitas das condições para o abastecimento [de carros] no mercado europeu deverão ser renegociadas. Mas ainda não podemos dizer o que isso significa em relação às nossas operações no Reino Unido até que as questões burocráticas [sobre a decisão] estejam resolvidas”, afirmou a empresa.
Colaborou: Mariana Balan.
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