Quase nova e mais barata

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O que seria melhor e mais seguro: repor uma autopeça com um produto remanufaturado ou recondicionado? A distinção entre as palavras pode ser sutil, mas representa toda a diferença quando se trata da manutenção do seu veículo. "No processo de remanufatura, a peça é desmontada, seus componentes internos são verificados e as partes desgastadas são substituídas por outras novas. Assim, a peça é praticamente reconstruída pelo fabricante com os mesmos processos e tecnologia das linhas de montagem", explica Alberto Rufini, diretor para o Mercado de Reposição e Marketing da TRW Automotive. Já o produto recondicionado passa por um conserto sem o controle do fabricante, quando não apenas por uma "maquiagem" (limpeza e pintura).

O preço atraente dos componentes remanufaturados, mesmo tendo prazo de garantia igual ao das novas (seis meses em média), é outra vantagem. Essas peças custam entre 20% e 60% a menos. Para divulgar o produto e seus benefícios, algumas empresas criaram a Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças (Anrap): Bosch (linha Reman), Cummins (ReCon), ZF Sachs (Sachs R), TRW, LuK (Reciclado LuK) e Knorr-Bremse. São oferecidos itens como motores, cabeçotes, alternadores, motores de partida, compressores a ar para freios, discos e platôs de embreagem. A Anrap criou também um selo que certifica a garantia de procedência e qualidade.

O gerente comercial de Produtos Remanufaturados da ZF Sachs, Gabriel Digmanese, explica que a linha Sachs R é produzida com a mesma qualidade das embreagens novas. Já o coordenador de vendas da TRW, Luís Antônio dos Santos, lembra que os consumidores brasileiros ainda são movidos pelos preços, mas que no primeiro mundo o apelo é muito mais ecológico. "O reaproveitamento dos componentes é feito para que não voltem à natureza, economizando energia e recursos naturais".