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São Paulo – "Vendido" pela fabricante inglesa Land Rover como o utilitário esportivo 4X4 mais sofisticado do mundo, o Range Rover ganhou na sua versão 2006 um novo ingrediente capaz de torná-lo quase imbatível no mercado de alto luxo: um motor V8 de 4.2 litros supercharged, de 396 cavalos a 5.750 rpm e torque de 56 kgfm a 3.500 rpm. Traduzindo, esses números representam 35% de aumento na potência em relação ao V8 de 2005 e cerca de R$ 70 mil a mais do preço do modelo anterior.

A novidade impressiona assim que o carro entra em movimento. Impulsionado pelo compressor do Jaguar XKR, o Range Rover vai de 0 a 100 km/h em apenas 7,5 segundos, ou seja, 1,5 segundo abaixo do que o modelo anterior. Na prática, isso representa uma resposta mais rápida nas ultrapassagens, além de proporcionar aquela sensação de grudar no banco. A velocidade máxima é de 210 km/h, limitada eletronicamente.

"Tínhamos o carro mais luxuoso e robusto entre os SUVs (Sport Utility Vehicle), porém faltava melhorar a aceleração e o torque. Conseguimos isso na versão 2006, o que permitiu nos posicionar num patamar praticamente sem concorrência", destaca o diretor comercial da Land Rover no Brasil, Luiz Tambor, durante a apresentação do veículo no início da semana, em São Paulo. Segundo ele, os tradicionais rivais dos modelos anteriores do Range Rover – a BMW X5, Mercedes Classe M, Porshe Cayene e Volkswagen Toureag – irão enfrentar agora com o Range Sport, cujo lançamento está previsto para o próximo mês.

A confiança do diretor quanto à soberania do novo jipão pode soar pretensiosa, mas basta constatar a alto tecnologia empregada no veículo para perceber que o otimismo de Tambor não é exagerado. A transmissão de seis velocidades tem gerenciamento eletrônico, isto é, o sistema reconhece o estilo de condução do motorista, ajustando o mecanismo de troca de marchas de acordo com a necessidade. São três opções para a seleção de marchas: automática normal, automática esportiva e Command Shift de acionamento manual seqüencial.

Os freios dianteiros e traseiros são a disco ventilado e contam com ABS (Sistema Anti-Bloqueio), EBD (Distribuição Eletrônica de Pressão de Frenagem), EBA (Assistência à Frenagem de Emergência), CBC (Controle de Frenagem em Curvas), HDC (Controle de Descida de Ladeiras) e ETC (Controle Eletrônico de Tração nas Quatro Rodas).

Além de todos esses sistemas, o Range dispõe ainda de controle eletrônico de estabilidade DSC, que realiza correções de rota automaticamente, agindo diretamente no sistema de freios.

A suspensão a ar independente nas quatro rodas, gerenciada eletronicamente, garante aos ocupantes conforto ao rodar no asfalto. Caso o condutor opte por enfrentar condições adversas fora-de-estrada, o sistema dotado de válvulas de conexões cruzadas simula um eixo rígido, o que contribui para a performance off-road do veículo.

Externamente, os ingleses se mantêm fiéis ao desenho clássico tradicional, utilizado desde a primeira versão, em 1970. Ou seja, o modelo 2006 vem com o mesmo contorno quadrado de gosto duvidoso. O pára-choque dianteiro foi redesenhado, ganhando entradas de ar maiores. A grade dianteira, antes formada por barras horizontais, agora é do tipo colméia (formato também utilizado nas entradas de ar verticais, localizadas no pára-lamas). As novas rodas de alumínio têm nove raios e aro 20". A lanterna traseira também mudou – nesta versão é na cor branca e acionada por LEDs.

Somando tudo isso à sofisticação no acabamento interno e ao sistema moderno de entretenimento (leia matéria acima), a Land Rover espera fechar o próximo ano com 100 unidades vendidas – bem acima das 45 previstas para 2005.

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