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Triciclo não é o tipo de veículo adequado para aventuras do tipo off-road, no entanto, isto não foi motivo para impedir que o casal Rodolfo Villas Boas e Isabelle Alves, topasse o arriscado desafio de se aventurar com um destes veículo de três rodas em uma viagem de 12 mil quilômetros, de Paranaguá no litoral do estado, até a cidade de Cuzco, no Peru.

Nesta odisséia que durou 28 dias, os aventureiros enfrentaram os mais diferentes tipos de desafios, como calor, chuva, neve barro, além de sérios problemas mecânicos, entre eles, um incêndio na parte elétrica do triciclo no meio da selva peruana.

Motivado pelo sonho de conhecer Machu-Picchu, capital do Império Inca no Peru, o empresário Villas Boas, residente em Paranaguá, planejou o roteiro juntamente com a namorada, Isabelle, fez curso de mecânica com um amigo e adaptações em seu triciclo, equipado com motor 1600 de Variant, que recebeu dois tanques extras de combustível e um bagageiro maior. Toda a preparação não levou mais de 10 dias e na bagagem, além do equipamento necessário, ferramentas e várias peças de reposição que ajudaram a não estragar a aventura. A viagem teve início na manhã de 30 de dezembro e a primeira parada do casal foi na Ciudad del Leste, no Paraguai.

Depois seguiu para Assunção e entrou na Argentina pela cidade de Resistência. A aventura continuou por Susquez (deserto na Argentina), San Pedro de Atacama e Arica, já no Chile, e Tacna, no Perú. Antes de chegar em Cuzco (Machu-Picchu), o casal ainda passou por Copacabana, em território boliviano.

Embora os dois tenham enfrentado temperaturas acima dos 45º nos desertos e negativas de até -8° com neve a viagem até certo ponto foi considerada tranqüila por eles. Já o regresso evidenciou os perigos deste desafio. Devido as péssimas condições da Transoceânica, onde só há buracos cobertos por lama e não existem pontes para cruzar os rios, o triciclo sofreu um bocado para superar esta parte mais difícil da viagem, não sem antes quebrar o aro e os dois amortecedores dianteiro, além do suporte da bateria, pedal de freio, faróis e setas. O maior susto foi o fogo que destruiu toda a parte elétrica, após a travessia de um rio na selva peruana.

Com seus conhecimentos em mecânica e as peças de reposição, o empresário conseguia deixar o triciclo em condições de rodar, não sem antes entrar por várias vezes madrugada adentro no meio do nada. A odisséia teve o seu final em 27 de janeiro em Paranaguá e, apesar de todas as dificuldades, o casal já pensa em novas aventuras sobre três rodas.

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