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Imponente e chamativo, o triciclo pode chegar a 190 km/h de velocidade máxima. Seu motor V2 rende 107 cavalos de potência e torque de 10,6 kgfm | Doni Castilho/Agência Infomoto
Imponente e chamativo, o triciclo pode chegar a 190 km/h de velocidade máxima. Seu motor V2 rende 107 cavalos de potência e torque de 10,6 kgfm| Foto: Doni Castilho/Agência Infomoto
  • Arrancadas mais impetuosas deixam um rastro de borracha no chão
  • Painel traz tela de LCD com diversas informações
  • Versão RS-S oferece rodas de liga-leve

Ampliando a gama de modelos do seu inovador triciclo Can-Am Spyder, a BRP, divisão de produtos recreativos da Bombardier, trouxe para o Brasil agora em 2011 a versão RS-S. Com pintura fosca em todo o veículo, spoilers dianteiros, rodas de liga-leve de seis pontas e um assento diferenciado, o Spyder RS-S aposta nesse visual diferenciado para parecer mais esportivo.

O veículo traz diversos controles eletrônicos para evitar acidentes: controle de estabilidade, para evitar capotagens ou trajetórias erradas em curvas; controle de tração para evitar derrapagens na roda traseira; e eficientes freios a disco com sistema ABS acio­­nados por um pedal, mas que atuam nas três rodas. Antes de ligar o Spyder é necessário co­­nhecer alguns procedimentos. Ao girar a chave, uma mensagem de segurança na tela de LCD exige que você pressione a tecla "mode", localizada no painel ou no punho esquerdo. Só então é possível dar a partida no motor.

A partir daí, basta engatar a marcha no câmbio seqüencial de cinco velocidades e acelerar. Não com muito ímpeto, pois o motor Rotax de dois cilindros em "V" e 998 cc tem torque de sobra! As trocas de marchas no câmbio seqüencial são feitas por botões no punho esquerdo: não há embreagem, mas o câmbio não é automático, o piloto precisa su­­bir as marchas. Na hora de reduzir, pode relaxar. Conforme a velocidade diminui ou os freios são acionados, o sistema reduz para uma marcha adequada – até chegar a primeira em caso de parada. As trocas são suaves desde que feitas nas rotações adequadas. Há ainda marcha ré pa­­ra se manobrar os 317 kg a seco e os mais de 2,6 metros de comprimento.

Estabilidade

Com 107 cavalos de potência má­­xima declarada (a 8500 rpm), o V2 demonstra bastante vigor e mantém com facilidade 130 km/h. A aceleração, quando se reduz uma marcha, também chama atenção. O torque de 10,6 kgfm a 6.250 rpm leva em poucos segundos o veículo a 150, 160 km/h. A velocidade má­­­­xima fi­­cou em 190 km/h. Mais que suficiente para se viajar com segurança. Já o consumo se assemelhou a de um au­­tomóvel: em torno de 12,5 km/l – o tanque tem capacidade para 27 litros.

Nas curvas é que se sente mesmo a eletrônica entrando em ação. Caso você exagere na velocidade ou acelere cedo demais na curva, é possível perceber o VSS (Vehicle Stability System, sistema de estabilidade do veículo) entrar em ação para corrigir sua trajetória. O sistema corta a ignição do motor, a velocidade diminui e é possível retomar o controle do triciclo. Para pilotá-lo, no Brasil, é necessário carteira de habilitação categoria "A", ou seja, para motocicletas. A lei – e o bom senso também – exige então o uso de capacete. Porém, na hora de passar o pedágio em rodovias, o veículo é tributado como automóvel de passeio. Com seu design inusitado em forma de "Y", a própria BRP (a divisão de produtos recreativos da Bombardier) evita chamá-lo de triciclo, prefere a nomenclatura roadster.

A proposta do Spyder é ser um veículo diferente para viajar: conta até com um pequeno porta-malas na dianteira. Im­­po­nen­te e chamativo, o Can-Am Spyder RS-S, versão mais esportiva e top de linha da fa­­mí­­lia RS, custa praticamente o mesmo que uma moto esportiva: R$ 63.900 (sem frete).

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