Mercado
Em busca da liderança
A Honda confia tanto em seu novo modelo que, segundo Alfredo Guedes, engenheiro da fábrica, a Transalp chega para liderar a categoria no país. "Planejamos vender cerca de 450 unidades por mês neste ano".
Mas mesmo fabricada em Manaus (AM), a Transalp chega em duas cores (branca e preta) por um preço elevado: R$ 34,9 mil o modelo standard e R$ 38 mil para a versão com freios C-ABS.
Enfrentando concorrentes já estabelecidas e de renome, como a Yamaha XT 660R (R$ 27.273), BMW G650GS (R$ 29.990) e a Suzuki DL 650 V-Strom (R$ 34.594), a projeção da Honda é ambiciosa. Levando-se em conta que a Transalp chega às concessionárias em abril, a meta fixada significaria mais do que a soma das unidades de XT660R e BMW G650GS comercializadas em 2010 de acordo com os dados oficiais, no ano passado foram emplacadas 3.352 XT660 e G650GS, os dois modelos mais vendidos do segmento, respectivamente.
Depois de muitas especulações, finalmente a Honda apresenta a XL700V Transalp no Brasil. Equipada com motor de dois cilindros em "V" e 680 cm³, suspensões de longo curso, pneus de uso misto e conforto para encarar longas viagens, a Transalp é uma legítima representante do segmento big-trail.
Apesar de estrear por aqui, a Transalp já é um modelo antigo do line-up da marca no exterior: nasceu em 1987 com 600cc, ganhou novo desenho e motor de 650cc em 2000; e sua atual forma com quase 700 cc nasceu em 2008. Mas no Brasil, a big-trail da marca japonesa é uma grande novidade.
O grande porte e as linhas modernas da XL700V chamam a atenção. Em sua última reestilização, a Transalp ganhou os traços arredondados e o farol excêntrico que marcam seu desenho atual. O banco largo, o pequeno parabrisa e o bagageiro denunciam sua vocação para viagens. Já os protetores de mão e o protetor do motor, também de série, indicam sua proposta aventureira. Afinal, como toda boa big-trail, a Transalp foi feita para ser versátil: viajar para onde quer que seja sem importar o caminho.
Para isso traz também pneus de uso misto (Bridgestone Trail Wing, na unidade testada) calçados em rodas aro 19 polegadas, na dianteira, e 17, na traseira. Usa um tradicional garfo telescópico na frente com 200 mm de curso e balança com monoamortecedor fixado por links atrás. Tudo isso "amarrado" em um quadro berço duplo de aço.
Motor V2
Ao montar no novo modelo Honda, a primeira surpresa é o banco. Apesar de macio e de sua aparência larga, tem a parte da frente estreita permitindo encaixar as pernas junto ao tanque com facilidade. E mesmo com sua altura de 83,7 cm do solo é possível para os pilotos de estatura média tocar o solo com os pés.
A posição de pilotagem é bastante ereta e confortável, como em toda big-trail. O que decepciona são os comandos no punho, as manoplas e o guidão. Têm aparência simples e espartana demais para um modelo desse porte e cilindrada.
Ao despertar o motor, o ronco compassado do motor V2 instiga a acelerar. Inclinados a 52° para reduzir as vibrações, os cilindros têm comando simples no cabeçote (SOHC), oito válvulas, e capacidade de 680 cm³. Equipado com refrigeração líquida dois radiadores e ventoinha e alimentado por injeção eletrônica programada, produz 60 cavalos de potência máxima a 7.750 rpm. Nada demais, porém de acordo com outras concorrentes do segmento: a Suzuki V-Strom 650 e seu motor V2 oferecem 67 cavalos.
Mas está no torque em baixas rotações a grande qualidade deste motor V2. Diferentemente dos monocilíndricos, o V2 da Transalp tem força para retomadas já a partir de 2.500 rpm isso sem "batida de pinos" ou sem a necessidade de reduzir marchas no câmbio de cinco velocidades. A grande vantagem é poder rodar em estradas de terra com mais segurança, em marchas altas e rotações baixas. Chegando ao torque máximo de 6,12 kgfm a 6.000 rpm, o motor V2 é gostoso de pilotar e bastante linear. Porém, não espere o soco no estômago, como na Yamaha XT 660R: a proposta da Transalp é bem mais estradeira.
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