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O paranaense Leandro Totti (primeiro plano) diz que só há limitação de velocidade nos boxes | Divulgação
O paranaense Leandro Totti (primeiro plano) diz que só há limitação de velocidade nos boxes| Foto: Divulgação

É difícil imaginar a cena, mas os caminhões da Fórmula Truck irão rasgar a reta do Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, a mais 230 km/h mesmo pesando quase cinco toneladas. O circuito paranaense será palco da 9.ª e penúltima etapa do Campeonato Brasileiro, neste domingo (10), com largada às 13 horas. E essa performance digna de um carro de corrida tem uma explicação simples: a adoção dos motores turbo, que voltarão inclusive para a maior categoria do automobilismo mundial, a Fórmula 1, no ano que vem.

A transformação dos caminhões originais nesses trucks com mais de 1 mil cavalos de potência tem de passar obrigatoriamente pelos motores, como explica o atual campeão da categoria, o paranaense Leandro Totti, que pilota um caminhão Volkswagen Constellation da equipe oficial da MAN Latin America. "Conseguimos atingir essas velocidades incríveis e, sobretudo, com a boa arrancada na saída de curva, graças ao trabalho de desenvolvimento que é feito nos motores turbos", diz o piloto.

O trabalho da F-Truck brasileira é, inclusive, referência internacional, já que a categoria nacional é a única no mundo que anda acima dos 160 km/h. "Nosso caminhão só tem limite de velocidade na reta dos boxes, enquanto a europeia está limitada a 160 km/h em todo o circuito", diz Felipe Giaffone, tricampeão da Fórmula Truck (2007-2009-2011) e de experiência internacional em outras categorias, como a Indy.

O desenvolvimento tecnológico na categoria sulamericana tem uma boa explicação: o alto envolvimento das montadoras. "A Fórmula Truck é uma ferramenta importante de divulgação da marca. Intensificamos nossas ações de forma significativa a partir de 2006, com o apoio total da engenharia da fábrica no desenvolvimento dos veículos de competição. O intercâmbio ocorre das pistas para a fábrica e também no caminho inverso", explica Rodrigo Chaves, diretor de Engenharia e responsável pelo desenvolvimento dos caminhões de competição da MAN.

Tamanha dedicação teve resultado imediato na pista: o time oficial venceu os campeonatos de 2006 (com Renato Martins), 2007, 2009 e 2011, todos com Felipe Giaffone. O piloto de São Paulo também conquistou a primeira vitória de um caminhão MAN TGX na Truck, feito realizado na 6.ª etapa deste ano, em Cascavel, no Oeste do Paraná. "Foi um desenvolvimento muito rápido, vencer uma corrida após apenas seis corridas mostra como a gente se beneficia deste intercâmbio intenso entre as pistas e a fábrica da MAN", diz Giaffone.

Serviço

Ingressos: R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (arquibancada), R$ 140 (credencial paddock )e R$ 600 (credencial vip). Postos de venda: consulte www.formulatruck.com.br/ingressos.asp.

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