Uno Ecology vira laboratório para a linha de produção da Fiat

• 0

A Fiat divulgou esta semana de­­talhes do protótipo Uno Ecology, que tem como foco a sustentabilidade e a redução do impacto am­­biental. O modelo, já apresentado pela fabricante durante o lançamento do carro e no Miche­lin Chal­­lenge Bibendum 2010, no Rio de Janeiro, está em processo de desenvolvimento como um laboratório permanente para soluções que possam entrar na linha de produção da marca.

A versão é equipada com mo­­tor 1.0 abastecido apenas com etanol (E100). Conta com a tecnologia start/stop, que desliga o motor do veículo durante as paradas, como por exemplo num se­­máforo, e o religa quando o pedal da embreagem for acionado. De acordo com a Fiat, o mecanismo gera uma economia de combustível em torno de 5%.

O carro é equipado ainda com o sistema TPMS (Tyre Pressure Mo­­nitoring System), que alerta o mo­­torista por um sinal luminoso se há algum pneu com pressão abaixo do especificado. Isso porque pneus mal calibrados podem re­­sultar em aumento de até 5% no consumo de combustível.

O teto solar do protótipo é ou­­tro item a favor da economia de combustível. Semelhante ao Sky Dome do Fiat Punto, o equipamento possui células fotovoltaicas no painel posterior para auxiliar na carga da bateria, reduzindo a necessidade de geração de energia por parte do motor. Esse teto foi projetado para gerar uma potência elétrica de 35 W, considerando exposição de 8 horas diárias ao sol durante 30 dias.

Entre os materiais empregados na carroceria está o bagaço de cana-de-açúcar nas peças plásticas, que reduziu o peso do veículo em 8% em relação a uma peça convencional. Já os bancos são de fibra de coco e látex, que evitam o uso de 7 kg de poliuretano (substância derivada do petróleo) no veículo. Além disso, os materiais são renováveis e recicláveis.

O Uno Ecology ainda traz revestimento dos bancos e tapetes com tecidos a partir de PET reciclado – utiliza-se cerca de 30 garrafas por veículo. Segundo a Fiat, essas pesquisas podem representar uma substituição de quilos de matérias-primas, que hoje têm como origem o petróleo, por fontes renováveis. No total, foram 16,5 kg de material renovável apli­­cados no protótipo.