• Carregando...

São Carlos (SP) – Desafiando os atuais conceitos da indústria automobilística onde as palavras da moda são "novo design", "cores modernas", "conceitos"... a veterana Kombi entra o ano de 2006 preservando suas linhas originais e continua saindo de fábrica apenas com uma opção de cor – a branca. A grande novidade do utilitário da Volkswagen, lançado na década de 50 e com mais de 1,5 milhão de unidades vendidas no mercado brasileiro, é o motor 1.4 8V Total Flex (arrefecido a água). A mudança proporciona maior economia de combustível e significativa redução de barulho interno.

A VW, que apresentou oficialmente a nova Kombi durante teste-drive realizado em São Carlos – município a cerca de 200 quilômetros de São Paulo, onde está localizada a fábrica de motores da marca, garante que o novo motor é 25% mais potente, quando abastecido com 100% a álcool ou 34% (gasolina). Além disso, é 30% mais econômico que o antecessor refrigerado a ar. E atende a nova legislação de emissão de poluentes vigente no país.

"A velha senhora (como costumamos chamá-la internamente) é um meio de transportes versátil", assinalou Holger Westendorf, vice-presidente de Tecnologia e Desenvolvimento do Produto, ao relembrar a história do veículo (leia box). De acordo com o fabricante, embora se substitua um dos maiores patrimônicos históricos do modelo, que é o robusto propulsor "a ar", a mudança vai satisfazer os consumidores, uma vez que as suas duas principais características foram aperfeiçoadas: consumo e desempenho.

Primeiro veículo produzido pela VW do Brasil e primeiro monovolume do mercado nacional, a Kombi se torna pioneira em sua categoria na adoção de motor bicombustível. Se movido com 100% de gasolina, o 1.4 8V Total Flex, que pertence à família de propulsores EA-111 empregada nos modelos Fox e Polo, desenvolve potência de 78 cv a 4.800 rpm. Só com álcool, ele atinge 80 cv na mesma rotação. Para comparação, os motores boxer 1.6 a ar produziam 58 cv (versão apenas a gasolina) e 67 cv (álcool).

Com a mudança na relação custo/benefício, a Volks estima comercializar 15 mil unidades já no próximo ano. Já 2005 deve fechar com a venda de aproximadamente 12 mil unidades. A maioria das aquisições é feita sob encomenda. Os preços (sugeridos pelo fabricante) da Kombi 2006 permanecem inalterados: o modelo furgão custa R$ 36,1 mil; o standard, R$ 37,8 mil; a lotação, R$ 41,3 mil; e o escolar, R$ 43,6 mil.

Externamente foram poucas as alterações. Além da grade dianteira que envolve o radiador, que se fez necessário pela adoção do motor arrefecido a água, o utilitário mantém um bocal externo para o abastecimento de gasolina do reservatório de partida a frio (recurso que existia no motor a ar movido a álcool). Na traseira, a única diferença é o aplique do logo Total Flex. O tradicional capô vertical traseiro foi mantido, mas a Kombi ganhou uma outra janela de acesso para o motor. Sob o tapete do assoalho, ao lado do estepe, existe uma nova abertura que proprociona alcance imediato à parte alta do motor. E no painel os mostradores estão agrupados em um único módulo, o que permite melhor visualização.

A jornalista viajou a convite da VW.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]