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(Foto: Polícia Federal/Divulgação)
(Foto: Polícia Federal/Divulgação)| Foto:

O deputado federal Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, acabou ganhando um mês a mais para se defender da representação no Conselho de Ética por quebra de decoro. A denúncia contra o parlamentar foi aceita em 10 de abril, mas Lucio Vieira Lima só foi notificado na quinta-feira (10), via Diário Oficial da Câmara — após cinco tentativas frustradas.

Réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, Lucio Vieira Lima é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos donos das malas apreendidas pela Polícia Federal em um apartamento em Salvador com cerca de R$ 51 milhões. Vieira Lima também é acusado de se apropriar de parte dos salários de funcionários de seu gabinete e de usar servidores pagos pela Casa para serviços pessoais.

Segundo a Câmara dos Deputados, o deputado compareceu à sessão Plenária pela última vez em 10 de abril — no mesmo dia em que o Conselho de Ética aprovou o parecer preliminar que autoriza sua investigação. Além disso, Vieira Lima não participou de nenhuma das sete reuniões organizadas neste ano pela Comissão de Finanças e Tributação, a qual integra como membro titular.

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Notificado oficialmente na quinta, o parlamentar terá dez dias úteis para se defender. Encaminhada pelo PSOL e pela Rede em dezembro do ano passado, a representação pede a cassação do mandato do deputado e o acusa de pertencer a uma organização criminosa de lavagem de dinheiro e peculato.

Líder do PSOL na Câmara, o deputado Chico Alencar diz que, com a manobra, o parecer do relator sobre o caso pode ficar só para o segundo semestre. “Nós estamos completando um mês em que o deputado Lucio Vieira Lima está foragido da Câmara. Ele era um deputado muito assíduo, mas, no dia em que a nossa representação contra ele foi aceita no Conselho de Ética, ele desapareceu.”

A assessoria de Lucio Vieira Lima afirmou que apenas o deputado poderia responder aos questionamentos feitos pela reportagem e que ele não fora localizado. A Gazeta do Povo também entrou em contato com o diretório do PMDB-BA, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem.

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