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MG: Dilma se salva por um triz e convenção do PSB vira caso de polícia
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A culinária mineira realmente chama muito a atenção pela variedade de pratos e sabores. Mas, na política mineira, o cardápio servido sempre é a torta de climão, como estamos mostrando há semanas aqui no blog ‘A Protagonista’.

Nesse final de semana que marcou o encerramento das convenções partidárias, muita gente quis provar essa iguaria amarga.

A reunião do PSB mineiro, no sábado, foi um misto de convenção com bate-boca e empurra-empurra entre a ala que endossa a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, ao governo do Estado, com a turma que prefere a aproximação com o PT de Fernando Pimentel.

A comissão estadual, destituída pela executiva nacional, e a nova, entraram em rota de colisão. Até mesmo a polícia foi chamada para acalmar os ânimos. Cogitaram até que haveria gente armada no encontro, mas a PM não confirmou.

Marcio Lacerda, tido como uma terceira via frente ao polarizado cenário PSDB-PT, ao final da confusão, falou com jornalistas e apoiadores, bradando ser um momento histórico para Minas Gerais.

“Vocês vieram aqui com a alma cheia de esperança, de patriotismo e de crença num futuro melhor para nós, mineiros e brasileiros. E vocês vieram aqui e ajudaram a resistir a uma investida do porão da velha política”, anunciou.

Sua equipe de marketing também fez um vídeo mostrando que o tumulto na convenção não fará sua candidatura retroceder.

Falando em tumulto, essa é o termo usado pelo PSB nacional. Para a executiva, que lançou nota nesta segunda-feira sobre o caso, Lacerda quer “causar tumulto ao processo eleitoral”.

Segundo o partido, a convenção mineira de sábado foi anulada no domingo, por unanimidade, em Brasília. E acrescenta, ainda, que ao manter a judicialização do tema, “a postura contraditória demonstra falta de transparência” com o partido.

Aí está, então, mais uma fatia da torta de climão sendo servida.

Quase ‘deu ruim’ para Dilma!
Quem passou em branco, sem ser maculada nessa pendenga toda foi Dilma Rousseff, que foi oficializada como candidata ao Senado pelo PT mineiro.

O impasse do PSB, que poderia ferir mortalmente a campanha de Dilma ao Senado – vale lembrar que ela lidera as pesquisas – agora passa a respingar em outra freguesia: no PSDB, depois que Aécio desistiu e tentará a Câmara Federal.

A indefinição do PSB fez com que Antonio Anastasia deixasse as vagas tucanas abertas pelo menos até o fim desta segunda-feira. Isso porque as legendas têm até 24 horas depois das convenções para registrar as atas no TRE.

Se Marcio Lacerda desistir de concorrer ao governo, passa a ser cotado para ficar como um dos candidatos ao Senado. E também há os nomes do ex-deputado Dinis Pinheiro (SD) e do jornalista Carlos Viana (PHS), o Datena mineiro.

Isso sim poderia atrapalhar os planos de Dilma e do PT, caso Lacerda e outro nome forte abracem os votos dos mineiros.

Mas, as novidades não param de chegar: no final da tarde desta segunda-feira, Rodrigo Pacheco, que no domingo foi aclamado candidato a governador pelo DEM, voltou atrás e abre mão de sua candidatura por Anastasia, sendo um dos nomes para concorrer ao Senado.

Até mesmo Rodrigo Maia, presidente nacional da legenda participou da negociação, e Geraldo Alckmin é esperado em BH para o anúncio oficial. Falta, então, apenas o segundo nome tucano que disputará diretamente com Dilma.

Ainda há muito a observar sobre os rumos da campanha eleitoral em Minas, que pelo cenário, vai terminar na Justiça e já começou como caso de polícia.

Até então, são seis os candidatos mineiros ao governo do estado: Marcio Lacerda (PSB), o atual governador Fernando Pimentel (PT), o senador Antonio Anastasia (PSDB), o ex-secretário de Educação João Batista Mares Guia (Rede), a professora Dirlene Marques (Psol), e o empresário Romeu Zema (Novo).

 

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