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Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Jonathan Campos/Gazeta do Povo| Foto:

MOSCOU, Rússia – Por apenas um quilômetro, da Praça Vermelha até a Praça Lubyanka, é possível dar uma volta ao mundo do futebol.  É a Nikolskaya, espécie de Rua XV de Moscou, principal ponto de encontro dos torcedores da Copa do Mundo 2018, na Rússia.

Nas proximidades do Museu Histórico do Estado, iranianos ocupam o elegante e iluminado calção. Com lenços, batas, apitos e pequenas bandeiras, celebram o sucesso inicial de sua seleção, com a vitória por 1 a 0 sobre o Marrocos.

Jonathan Campos/Gazeta do Povo, enviado especial à Rússia

Mais adiante é território argentino. Os sul-americanos penduram seus trapos, com as faces de Maradona e Messi, na fachada de uma igreja. “Hay que salir campeón”, gritam, importando o clima das canchas argentinas a mais de 13 mil quilômetros de casa.

Em frente, na direção da Praça Lubyanka, sede da KGB, o serviço secreto russo, os colombianos dominam o lugar. Embalados por um sistema de som, cantam e dançam salsa como se estivesse numa quebrada de Cali.

Há ainda grupos de mexicanos, brasileiros, ingleses, islandeses, peruanos, enfim, representantes para todos os países envolvidos com o Mundial. E ao longo de todo o trecho, de prédios históricos e shoppings de luxo, estão os russos.

Os donos da casa se misturam com curiosidade e, algumas vezes, espanto. Tentam imitar os cantos, sem o menor jeito, e emendam, amistosamente, RRRRA-CÍ-A, o grito de Rússia (Россия, em cirílico) na língua deles. Os forasteiros costumam acompanhar, em homenagem aos anfitriões.

“É diferente para nós. Mas está sendo muito bom. O clima é de alegria e a Copa na Rússia sempre será lembrada”, comenta Yuri Baranovi, 27 anos, estudante que mora na região do Estádio Luzhniki, palco de abertura e da final da Copa do Mundo 2018.

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O combustível para a animação em todos os idiomas que vara a madrugada é o álcool e, mesmo assim, não há confusões. Comerciantes do entorno comemoram os estabelecimentos lotados. E embora seja proibido beber em locais públicos na Rússia, os policiais fingem não ver.

“É um momento único, por isso dá para entender. Para nós, algo incrível, estamos de volta à Copa do Mundo e vamos aproveitar a Rússia e dar todo nosso apoio”, diz Carlos Sanchéz, professor, 38 anos, que viajou com mais 10 conhecidos para o Mundial.

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