• Carregando...
Bebê-a-bá
| Foto:
Marillê Vanin/Arquivo pessoal
Na foto, José não está falando, mas está lindinho.

José completa hoje 1 ano e 7 meses e nada de soltar o verbo. Embora consiga se fazer entender muito bem, o pequeno está longe de formar frases. O vocabulário dele atualmente tem umas 10 palavras. Talvez pelo fato de conseguir se virar com essas poucas palavras e de ter um mundo inteiro para explorar – afinal, são muitas cadeiras para subir, roupas para arrancar do varal, baldes de água para virar, escadas para escalar, bolas para chutar, carrinhos para empurrar e por aí vai –, o José ainda não tenha se empenhado tanto em começar a repetir tudo o que a gente diz.

Na última consulta ao pediatra, perguntei se era normal essa demora para o meu pequeno falar. E a resposta foi sim, que eu não tinha com o que me preocupar. O problema é que a gente olha para o lado e vê bebês mais novinhos e que já falam mamãe e papai perfeitamente. Eles também pedem água, mama, mostram o carro e o cachorro. Enquanto isso, o José corre para lá e para cá. Grita mamãe quando quer a atenção de qualquer um e chama pelo pai quando eu não atendo aos seus apelos.

Hoje pela manhã tentei ensinar José a falar bala enquanto ele pedia por uma balinha de banana bem ao lado do pote onde ela fica. “Dadá dadá”, ele dizia, com a mão suplicante. Eu insistia: “O que você quer, bala? Fale então o que você quer. Ba-la.” O resultado? Nada. Nem um BA ou um LA. José começou a bater o pé no chão, ficou nervoso com a minha insistência e, antes de tudo virar um desastre, entreguei a balinha. O mesmo acontece com a água, o lanche e o mingau. O danado reconhece cada uma dessas palavras. Pela manhã, pula da cama e me puxa para a cozinha assim que eu falo a mágica palavra “gagau”. Mas cadê falar?

De acordo com o pediatra, o José deve soltar o verbo lá pelos dois anos, dois anos e meio. Por enquanto, a dica dele é estimular ao máximo o pequeno. Então, nada de entregar a bala, a água, o suco ou o carrinho antes de insistir – repetindo a palavra algumas vezes — para que ele peça o que quer. Vale também cantar junto, mostrar figuras e objetos. E se preparar para quando ele descobrir o tal do falar e não quiser mais se calar.

Dicionário do José Fernando com 1 ano e 7 meses:


Dadá:
Palavra usada para pedir qualquer coisa.

Mamãe:
Usada para identificar a sua progenitora, mas também usada pelo José para chamar a atenção de quem quer que seja.


Papaiê:
Usada para identificar o seu progenitor.


Teitei:
Chupeta.

Bol: Bola.


Bô:
Para identificar que algo acabou ou que ele não quer mais. Pode ser usado também com um tom de interrogação, para questionar se algo acabou mesmo.

Ahan (balançando a cabeça): Sim.

Hunhun (balançando a cabeça): Não.

Oiê: Nesse caso, é o oi dito com charme.

Bobó: Vovó.


Popó:
A Galinha Pintadinha.

Alô: Usado só quando atende ao telefone, mesmo que não seja um telefone de verdade(essa foi a primeira palavra dita pelo José).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]