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Na revista semanal The New Yorker, James Surowiecki, jornalista americano, publicou artigo chamado The Pay Is To Damn Low, ou algo como “o pagamento é horrivelmente baixo”, em tradução livre. Comenta a greve dos trabalhadores de redes de fast food que ocorreu na semana retrasada nos EUA, na qual protestou-se pela melhoria dos salários (por hora), mais benefícios, e mais jornadas de tempo integral (a maioria é part time).
Na opinião do jornalista, a questão principal – e que poucos se deram conta – é que não foram os empregos (ou o salário-mínimo) que mudaram nas últimas décadas, nos EUA, mas foram os trabalhadores.
A análise promovida pelo autor é a seguinte: empregos com salários baixos (que é o caso das lanchonetes de fast food) eram empregos de jovens estudantes, que não dependiam do salário para sustento, e de mulheres que queriam complementar a renda familiar. Hoje, devido à incapacidade da economia americana em criar empregos melhores (good middle-class jobs), a renda principal da família passou a vir dos empregos mal remunerados, embora tais trabalhadores possuam melhor instrução que em tempos pretéritos.
A solução sugerida é a de que não basta majorar o salário-mínimo – essa seria apenas parte da solução. Benefícios tributários e melhoria do seguro social, incluindo planos de saúde, além de criação de empregos para a classe média, são imprescindíveis ao bem-estar.
O autor reconhece que a economia nacional deve se expandir. E, para tanto, o tesouro nacional terá função importante. O Estado americano deverá realizar investimentos em algumas áreas para promover o desenvolvimento e, por conseguinte, criar empregos bem remunerados. Não afirmou, contudo, ser necessário dar condições ao desenvolvimento da iniciativa privada, para que esta possa criar os melhores empregos, embora seja o prudente caminho.
Vale a pena a leitura. Clique aqui.

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