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FOTO: Guilherme Caldas
FOTO: Guilherme Caldas| Foto:
FOTO: Guilherme Caldas

FOTO: Guilherme Caldas

Tendo feito uma promessa de Ano Novo de virar as costas definitivamente para o futebol profissional e aderir com força à Suburbana (o principal torneio de futebol amador de Curitiba, para os de fora) me vi diante da perspectiva de fracassar retumbantemente em minha nova fase futebolística.

Vista do barranco (FOTO: Guilherme Caldas

Vista do barranco (FOTO: Guilherme Caldas

Entre outras coisas importantes, foi a idéia de poder assistir a um jogo tomando cerveja e comendo pão com bife que me fizeram querer mudar de ares. Mas, além do não pequeno desafio de me acostumar à idéia de torcer para um novo time, vi minhas boas intenções naufragarem vergonhosamente ao longo de todo o segundo semestre de 2013. A cada sábado, era uma bobagem diferente: ora estava doente, ora trabalhando, ora trabalhando E doente, chuva etc…

Estava quase me resignando a acompanhar o campeonato apenas através do Suburbana em Campo, o excelente blog do Maurício Kern, quando, finalmente, os astros se alinharam na conjuntura perfeita e me mandei para o Recanto Tricolor, para ver o Combate Barreirinha reverter o placar da primeira partida da semifinal contra o Trieste.

Mesmo saindo atrasado, venci as ladeiras que levam a Almirante Tamandaré, pensando se o tal pão com bife do Combate era mesmo isso tudo. Estava disposto a acompanhar apenas o segundo tempo de jogo quando, ao finalmente chegar, descobri com grande alegria que o horário dos jogos da fase decisiva era diferente do restante do campeonato. Ia poder assistir à partida desde o começo.

Precisando de sombra e descanso, acompanhei o primeiro tempo vendo o Combate martelar a zaga italiana, que ia levando perigo nos contra-ataques. Sentado no barranco, aproveitava para dar uma espiada na fila do caixa, planejando minha escapulida no intervalo rumo ao pão com bife.

Nem meu olhar de cachorro de padaria comoveu a rapaziada exausta depois de servir 170 pães com bife (FOTO: Guilherme Caldas)

Nem meu olhar de cachorro de padaria comoveu a rapaziada exausta depois de servir 170 pães com bife (FOTO: Guilherme Caldas)

Depois de um primeiro tempo tenso, em que um atacante do Combate ainda conseguiu praticamente atrasar a bola para o goleiro do Trieste dentro da pequena área, me mandei pra cantina, pensando no pão com bife (ladeira dá uma fome desgraçada)…

…para chegar lá e descobrir que o pão com bife já era.

Fiquei com aquela cara de cachorro de padaria, olhando os últimos dos cento e setenta pães com bife saírem da chapa, já vendidos.

O gol do Combate no segundo tempo ajudou a confortar o coração (mas não o estômago) deste tricolor recém-convertido, que ainda acreditou por todo o restante do segundo tempo que o 2×1 da primeira partida poderia ser superado.

Quando vieram os pênaltis, achei que já tinha tido emoções fortes o bastante para uma tarde de sábado. Também para evitar voltar de bike por caminhos desconhecidos à noite, acabei saindo a tempo de não ver o Trieste levar a melhor, enquanto pedalava de volta num fim-de-tarde de primavera.

Fim de tarde no Recanto tricolor (FOTO: Guilherme Caldas)

Fim de tarde no Recanto tricolor (FOTO: Guilherme Caldas)

 

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