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Servidores em greve em frente à sede da Cohab (Foto: Sindiurbano/Divulgação)
Servidores em greve em frente à sede da Cohab (Foto: Sindiurbano/Divulgação)| Foto:

Os funcionários da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) entraram em greve na manhã desta segunda-feira (11) porque os salários do mês de maio ainda não foram pagos. Segundo Valdir Mestriner, presidente do Sindiurbano, sindicato que representa a categoria, a greve acaba tão logo essa situação seja regularizada.

A prefeitura admite o atraso no pagamento deste mês e justifica que teve problemas operacionais. Segundo o Executivo, os salários devem ser pagos até a terça-feira (12).

O sindicato argumenta, entretanto, que esses atrasos têm sido recorrentes. Desde junho de 2017, apenas em duas ocasiões os salários dos cerca de 270 servidores foram pagos até o dia 30 de cada mês – data definida em acordo coletivo.

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A prefeitura nega o atraso sistemático nos pagamentos. Isso porque para o Executivo a data do pagamento é o quinto dia útil do mês subsequente, conforme prevê a legislação trabalhista, e não o dia 30. Essa questão foi levada pelo sindicato à Justiça Trabalhista, mas na semana passada a juíza responsável pelo caso negou o pedido o pedido liminar para que os pagamentos fossem feitos até o dia 30.

Questões de fundo

Além da questão do atraso salarial, há uma insatisfação em relação à política de moradia da gestão de Rafael Greca (PMN).

Segundo o Sindicato dos Engenheiros do Paraná – que também tem filiados que trabalham na Companhia – os atrasos refletem a postura da prefeitura com a política de habitação popular. “É um desrespeito com os trabalhadores e também com a população, por refletir a precarização de uma área primordial para a promoção do direito à moradia para a população”, disse Edilene Pires da Silva Andreiu, Engenheira Civil da Cohab e diretora do Senge-PR.

Atualmente, há 51 mil pessoas inscritas na fila da Cohab, pelo acesso à casa própria. A Cohab é responsável pela construção de cerca de 700 empreendimentos habitacionais populares, em 40 dos 75 bairros de Curitiba. No total, ao longo de 53 anos de criação do órgão, 139 habitações foram construídas.

Outra questão que compõe o pano de fundo da greve é a delicada situação financeira da Cohab. Desde que Greca assumiu a prefeitura, seu secretário Finanças, Vitor Puppi, tem dado destaque ao rombo na Companhia. No início do ano passado, a Cohab não poderia nem ter dinheiro em caixa porque havia ordem judicial de bloqueio dos ativos.

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