Há tempos o deputado federal Ricardo Barros (PP) está cortejando o grupo de Jair Bolsonaro (PSL). Desde quando sua esposa Cida Borghetti (PP) estava no governo do Paraná, o deputado tem buscado se aproximar do Presidente da República. Foram vídeos de apoio, comendas estaduais e outros salamaleques. De posição sempre governista, o parlamentar busca espaço para oferecer habilidades em falta na base do presidente: articulação política e conhecimento das estruturas e processos da Câmara dos Deputados.
O último movimento veio nesta quinta-feira (21), quando o deputado comentou em suas redes sociais uma fala do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que disse que Sergio Moro “conhece pouco a política”.
“Me propus a ajudar Moro a aprovar seu pacote anticrime na Câmara. O encontro foi dia 26 de fevereiro no Ministério da Justiça. Fui líder, vice-líder de todos os governos desde 1995, quando cheguei na Câmara. Com o apoio de outros colegas da frente parlamentar da segurança pública sei que podemos avançar com concessões de parte a parte, como é a praxe do Congresso Nacional”, escreveu Barros.
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Com quase 30 anos de experiência no Congresso, Barros, assim como outros políticos tradicionais, busca espaço em um Legislativo tomado pela onda da nova política. Pelo discurso oficial, as práticas que vinham sendo usuais no Congresso estão superadas, portanto esse é o momento de políticos associados ao novo. Exemplos disso são Joice Hasselmann (PSL) e Major Vitor Hugo (PSL) na liderança do governo no Congresso e na Câmara, respectivamente, e Fernando Francischini (PSL) na presidência da CCJ.
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Para aliados de Barros, entretanto, vai chegar o momento em que o governo vai precisar de seus projetos aprovados sem tantos tropeços na tramitação e, nesse momento, acreditam, nomes como Ricardo Barros serão indispensáveis.
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