Alvo milionário na Europa, Alex Sandro detonou acusações no Atlético

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Em alta no mercado europeu, pretendido pelo Chelsea por 55 milhões de libras, o lateral-esquerdo Alex Sandro foi alvo de polêmica no Atlético, clube que o revelou. Ao deixar o Furacão, em 2010, rumo ao Santos, a negociação do jogador provocou discórdia entre dirigentes.

Na oportunidade, o então presidente do Rubro-Negro, Marcos Malucelli, acusou Mario Celso Petraglia, na época afastado do clube, de intermediar a transação do atleta. O cartola reclamou também de um “fatiamento” dos direitos econômicos de Alex Sandro.

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“O Petraglia é quem nos procurou com essa negociação. Ele pediu ao filho dele para entrar em contato com o Ênio Fornéa [então diretor do Atlético], falando desta proposta”, relatou na ocasião Malucelli, que foi eleito presidente em chapa de Petraglia.

O cartola, que virou desafeto do atual presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, considerou também ruim a divisão dos direitos de Alex Sandro com o Clube Atlético Paraná (CAPA), parceiro do Furacão para a revelação de talentos.

Alex Sandro iniciou no infantil do Rubro-Negro, mas, por força da associação, acabou sendo “dividido” com o Capa, que ficou com 30% dos direitos econômicos. “Pode se dizer que o clube era um ‘balcão de negócios’ na gestão anterior, foi o próprio Mário que trouxe esse Capa para o clube”, declarou Malucelli.

Veja a escalada multimilionária de Alex Sandro

O lateral foi negociado em 2010 com o Deportivo Maldonado, clube que funciona como entreposto de jogadores no Uruguai: 2 milhões de euros por 70% dos direitos do Furacão. Em seguida, foi repassado ao Santos por empréstimo.

Apenas um ano depois da saída da Baixada, os uruguaios venderam Alex Sandro para o Porto por 9,6 milhões de euros – 7,4 milhões de euros a mais do que o Atlético vendeu para o Maldonado, clube que nunca contou com o futebol do jogador.

Em 2015, Alex Sandro deixou o Porto e foi transferido para a Juventus, por 26 milhões de euros, negociação que representou R$ 3,5 milhões ao Atlético, como clube formador, equivalente a 3,5% do valor da transferência, de acordo com o mecanismo de solidariedade imposto pela Fifa.

Agora, segundo mesma regulamentação da entidade, o Furacão pode ganhar até R$ 8 milhões. Os ingleses estão dispostos a desembolsar 55 milhões de libras pelo jogador, cerca de R$ 231 milhões.  A Juventus, entretanto, ainda não sinalizou a abertura da venda.