

Asinha de robalo – sabor irresistível e marca do Restaurante Tambaiá, em Itapoá.
Asinha de robalo, quem diria?

Emiliana e Miduca Carvalho – comida de classe e sabor no litoral.

O robalinho inteiro e a “asinha” à parte, extraída da nadadeira pélvica, na barriga do peixe.
Há sempre um dia de um novo sabor, de uma nova textura, de uma nova experiência gastronômica. A “asinha de robalo” foi o meu caso mais recente. Convidado para dois eventos gastronômicos no Restaurante Tambaiá – Cozinha da Alma, que fica no aprazível Hotel Baití, em Itapoá (SC), tive a oportunidade de experimentar vários pratos muito saborosos, criados pelo casal Emiliana e Emídio (Miduca) Carvalho.
No jantar da sexta-feira, harmonizado com alguns interessantes vinhos importados pela Porto a Porto (o Due Lune Nerello mascalese/Nero D’Avola IGV talvez seja um dos melhores custo/benefício da temporada), apresentaram um Gratinado de siri com mix de folhas, seguido por um Bacalhau com creme de vegetais assados e batatas ao murro crocantes e mais um Carré de cordeiro grelhado com cogumelos frescos. De sobremesa, Mousse de chocolate.
No almoço do dia seguinte, todo escoltado por cervejas Paulaner (e o que que é aquela Paulaner hacker-Pschorr Munich Gold? – deliciosa!), a seqüência de pratos começou com a rodada de petiscos, com Escabeche de cambira, Ceviche e Chapeado (se bem que esse pode muito bem ser um prato principal). Mas de prato principal veio a Pescada amarela em crosta de ervas e de sobremesa Sorvete de manjericão com Brownie de chocolate.
Nesse meio tempo apareceu a tal Asinha de robalo. Um naco da nadadeira (ou barbatana) pélvica do bicho, aquela que fica bem na barriga e que normalmente é desprezada quando se limpa (ou pede pra limpar) o peixe. Ela é retirada, arredondada no corte, temperada com sal e pimenta do reino, depois empanada na farinha de trigo, ovo e farinha panko, frita por imersão e é servida com molho de ameixa e pimenta rosa, que é a frutinha da aroeira (tem uma árvore enorme produzindo no jardim do hotel).
Deliciosa, fazia um bom tempo que não comia algo tão interessante, de sabor delicado e marcante. Aí vim reclamar com o meu peixeiro-mor e ele me disse que dá pra fazer por aqui, só que tem outro nome, Barriga de robalo (ou de outro peixe qualquer, conforme o desejo)- e que é a parte dos peixes que ninguém quer e fica para os peixeiros levarem para casa. Imagine se não vou ficar buzinando na cabeça dele o tempo todo.
Mas, seja como for, não acho que nada feito por aqui possa superar o que Emiliana e Miduca fazem por lá, na orla da baía de Babitonga, com todo o charme do local. Contam eles que aprenderam com um tal de Francês, que tinha um boteco lá mesmo em Itapoá (é isso mesmo ou uma petiscaria?) no qual servia a iguaria.
Quer saber? Vamos todos pra Itapoá comer Asinha de robalo.
Mas que não seja só por isso. Veja os outros pratos citados.

Gratinado de siri com mix de folhas.

Bacalhau com creme de vegetais assados e batatas ao murro crocantes.

Carré de cordeiro grelhado com cogumelos frescos.

Mousse de chocolate.

Escabeche de cambira.

As cervejas da Paulaner, harmonizadas no almoço do Restaurante Tambaiá.

Ceviche, entre as entradas servidas.

Pescada amarela em crosta de ervas com molho de beterraba.

Sorvete de manjericão com brownie de chocolate.
Restaurante Tambaiá – Cozinha da Alma (Baití Hotel & Marina)
Rua 2670, 100 – Pontal (Itapoá–SC)
Fone: (47) 3443-7003
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